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Mercado verde no Brasil e a COP30: como o evento impulsiona ações sustentáveis e a ambição das empresas brasileiras?

para relacionar ao tema de cop30 e mercado verde, a imagem mostra uma pessoa em um ambiente corporativo mexendo no celular, com ícones de sustentabilidade aparecendo espalhados pela tela.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima chega ao Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém/PA. Os meses que antecedem a COP30 estão sendo marcados por expectativas, novidades e até algumas polêmicas.  O evento é considerado um dos principais referentes ao tema e ocorre anualmente. Esta será a 30ª edição da COP, onde líderes mundiais, organizações não governamentais, pesquisadores e representantes da sociedade civil irão se reunir para debater acontecimentos referentes às mudanças climáticas.  Além disso, assuntos como financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável, soluções de baixo carbono, justiça climática, preservação de florestas e biodiversidade também serão abordados ao longo desses dias.  O fato da COP30 ser sediada no Brasil traz benefícios para o nosso país, tanto para o setor público quanto para instituições privadas ou do terceiro setor.  Qual a importância da COP30 no Brasil? Por acontecer no coração da floresta, a COP30 é a primeira conferência climática realizada na Amazônia e pode marcar o início de um novo posicionamento do Brasil em relação à agenda climática internacional.  Isso porque, ao longo dos séculos, a Amazônia foi palco de explorações desenfreadas, como o garimpo, desmatamento e expulsão dos povos originários de suas terras.  Agora, é a hora do Brasil assumir o papel de um desenvolvimento amazônico pautado na conservação ambiental, inclusão social e inovação econômica.  É esperado, por exemplo, que os povos tradicionais (comunidades indígenas, quilombolas e populações ribeirinhas) façam parte dos debates na COP30 e unam os saberes ancestrais com propostas inovadoras.  Além disso, a COP30 também é aberta para a participação de líderes empresariais e outros membros da sociedade civil de mais de 190 países, inclusive do setor privado.  Mas como a COP30 pode impactar o mercado verde no Brasil? Como reflexo de uma tendência global e também pelas pressões regulatórias (que vêm tanto do governo, stakeholders e consumidores mais conscientes), o mercado de projetos socioambientais está em expansão no Brasil.  Com a chegada da COP30, o movimento apenas se intensifica e o evento é tido como um gatilho para a aceleração de iniciativas sustentáveis, pautadas no formato ESG (Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança em tradução livre).  Entre os impactos da COP30 para o Brasil, espera-se:  O financiamento climático na Amazônia Entre os resultados esperados da COP30, acredita-se que haverá um impulsionamento no financiamento climático para o desenvolvimento sustentável na Amazônia.  Não basta apenas pensar em soluções para as emergências climáticas e ambientais, mas também buscar por prosperidade compartilhada, inclusão social e resiliência a longo prazo.  E para isso, no evento será reforçado um desafio que já é antigo e urgente para o Brasil: a mobilização de recursos para financiamento climático, seja para restaurar a floresta ou para apoiar as comunidades tradicionais no Norte.  O financiamento climático na Amazônia inclui também outros objetivos, como a redução das emissões de gases de efeito estufa e o apoio a políticas públicas que prezam pela valorização da floresta e uma governança integrada.  Quais setores privados podem se beneficiar diretamente com a COP30? A COP30 oferece oportunidades tanto em nível local quanto nacional, seja para instituições privadas, públicas ou do terceiro setor.  Outro ponto que vale ressaltar é que o evento reforça as diretrizes sustentáveis, o que engaja as organizações a se comprometerem com as práticas ESG e, consequentemente, mitigar riscos ambientais, aumentar a competitividade no mercado e atrair consumidores mais conscientes.  Organizações que atuam com agricultura, energias renováveis, bioeconomia e tecnologia podem encontrar oportunidades promissoras no evento, especialmente relacionadas ao financiamento climático.  Entretanto, alguns desafios precisam ser superados para que a participação na COP30 compense, como por exemplo o entendimento e cumprimento da legislação ambiental e a mensuração e verificação de impacto das ações socioambientais realizadas pela empresa.  Como a QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode ajudar? Contamos com mais de 20 anos de expertise na interseção entre políticas públicas e o setor privado, especialmente em soluções socioambientais. A partir de metodologias próprias e inovadoras, mergulhamos no contexto local para identificar os principais desafios.  Com tecnologia e dados, além de uma rede de parceiros, aplicamos processos com foco em impacto mensurável, garantindo uma atuação colaborativa.  Entre nossos serviços relacionados ao meio socioambiental, oferecemos Mapeamento de Impacto Socioambiental, Desenho e Implementação de Projetos Socioambientais, Monitoramento e Avaliação de Programas Socioambientais, entre outros.  Você pode saber mais acessando o portfólio ou entrando em contato com nossa equipe! 

O que é um CMDCA e por que sua atuação precisa de inovação?

para fazer referência à atuação dos CMDCAs, a imagem mostra as mãos de uma criança desenhando

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) é um órgão público, que atua de forma autônoma na efetivação das políticas para a infância e adolescência.  O Conselho é constituído de forma paritária, ou seja: metade dos membros representam o governo e a outra metade são representantes da sociedade civil, como ONGs e associações. Os CMDCAs devem sugerir e fiscalizar as políticas públicas para crianças e adolescentes, agindo de forma paralela ao Conselho Tutelar. Apesar de ambos terem sido criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as instituições exercem funções diferentes.  Enquanto o Conselho Tutelar realiza atendimentos e está à frente das ações de proteção aos mais novos, o CMDCA deve acompanhar a política pública executada pela Prefeitura. Além disso, o CMDCA também é responsável por fiscalizar as ações do terceiro setor que envolvam crianças e adolescentes, uma vez que todos os programas e projetos envolvendo o público devem ser inscritos e acompanhados pelo Conselho. O CMDCA também possui o papel de investir financeiramente em projetos especiais para direcionar questões relacionadas à infância e adolescência que estão descobertas pelas políticas públicas, a partir do  Fundo para a Infância e Adolescência. O que é o Fundo para a Infância e Adolescência (FIA)? O FIA é um fundo criado para arrecadar e aplicar recursos financeiros para a proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, autorizado pela Lei nº 8.069/1990. Esses recursos podem vir de repasses do setor público, doações de empresas, pessoas físicas, destinação de parte do imposto de renda ou ações de arrecadação.  O CMDCA é responsável por gerenciar o FIA e estabelecer os critérios para utilização da verba. Embora não possa financiar o Conselho Tutelar em si, ele também pode dar suporte a sua atuação, por exemplo, financiando formações pontuais para os membros da Rede de Proteção Social e do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SDG).  Antes de financiar qualquer projeto com os recursos do Fundo, é importante que o CMDCA esteja de acordo com o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Lei nº 13.019/2014). A importância da inovação no CMDCA Assim como em qualquer outra instituição pública, a inovação no CMDCA pode proporcionar mais eficácia na prestação dos serviços, transparência de recursos e modernização do setor.  Ao passar por um processo de inovação,  o CMDCA pode, por exemplo, garantir uma melhor articulação entre seus agentes e também com outros atores públicos. Propor um plano de ação inovador é importante para o fortalecimento das políticas públicas, em ações como a implementação da Lei da Escuta Protegida 13.431/2017 e repactuação dos fluxos de atendimento. O fluxo de atendimento refere-se ao acolhimento da criança ou adolescente vítima de violência. É necessário que as áreas da educação, saúde, polícia, poder judiciário e Ministério Público estejam em acordo para realizar esse atendimento, evitando falhas como a revitimização.  A inovação na área também pode ocorrer ao se criar os diagnósticos sobre a violação de direitos de crianças e adolescentes na cidade. Os formatos de pesquisas e entrevistas devem ser otimizados, a fim de se tornarem mais assertivos. Outro ponto positivo sobre a inovação no CMDCA é em relação à capacitação dos profissionais atuantes, para que a qualidade do serviço prestado continue aumentando.  Para que o CMDCA atinja esses ideais inovadores, um caminho é contar com o apoio de uma consultoria especializada em políticas públicas, para que as soluções sejam desenvolvidas de maneira participativa e sistematizada.   O papel da QCP – Inteligência em Políticas Públicas na defesa dos direitos de crianças e adolescentes A QCP – Inteligência em Políticas Públicas presta consultoria em todas as áreas de políticas públicas, inclusive em questões que envolvam as crianças e adolescentes.  Atuamos lado a lado com instituições na construção de metodologias e ferramentas que resultam na inovação no CMDCA. Para saber mais sobre como a QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode apoiar o CMDCA da sua cidade, entre em contato para agendarmos uma conversa e conhecermos a sua realidade!

Como estruturar um CMDCA de alto impacto?

Para fazer referência ao trabalho do CMDCA, a imagem mostra adolescentes de mãos dadas simbolizando a união em busca de políticas mais assertivas.

Atuando lado a lado com o Conselho Tutelar, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) é um órgão que formula e controla as políticas públicas voltadas para o público infantojuvenil.  Enquanto o Conselho Tutelar deve atender denúncias de violação dos direitos das crianças e adolescentes, o CMDCA tem a função de deliberar e fiscalizar as políticas que envolvem esse grupo.  O CMDCA também é responsável por gerenciar os recursos do Fundo dos direitos das crianças e adolescentes no município e estabelecer critérios para uso da verba. O órgão é composto por representantes do Poder Executivo municipal e da sociedade civil.  Quais são as atribuições de um CMDCA? O que é um CMDCA efetivo? Além de cumprir com as atribuições básicas, um CMDCA efetivo deve estar em acordo com as legislações vigentes sobre a defesa de crianças e adolescentes:  Na prática, podemos citar como exemplo a aplicação da Lei da Escuta Protegida. Para que ela seja feita de forma eficiente, evitando casos de revitimização — onde a vítima precisa relatar o abuso sofrido mais de uma vez —,  é imprescindível que o CMDCA esteja articulado com outros órgãos públicos.  Ou seja: além do cumprimento de todas as leis, é necessário que as demais instituições públicas estejam alinhadas ao processo de funcionamento do CMDCA, seja por meio de reuniões periódicas, protocolos pré-estabelecidos ou documentos compartilhados.  Um CMDCA efetivo é marcado pelo diálogo entre os integrantes do órgão, governo municipal e sociedade civil. A gestão dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) também deve ser aprimorada constantemente, visando os novos desafios.  7 pontos para estruturar um CMDCA efetivo Saber quais são as principais necessidades locais é o ponto de partida para a elaboração de um CMDCA efetivo. Esse levantamento de informações pode ser realizado por entrevistas com a população ou análise do histórico municipal de proteção das crianças e adolescentes.  Aliado ao planejamento estratégico, deve ser criado também um plano de ação para organizar e direcionar as atividades do CMDCA. É válido estabelecer planos de curto, médio e longo prazo.  O plano de aplicação dos recursos definirá como o dinheiro do Fundo será utilizado pelo CMDCA durante determinado período. Ao considerar as necessidades prioritárias, os integrantes devem calcular uma estimativa de custos e organizá-la visando atingir os objetivos mais urgentes.  A comunicação com ambos os lados deve ser planejada de maneira distinta, afinal, o tipo de diálogo será diferente. Enquanto que para o setor público será necessário articulá-lo nas ações do Conselho, para a sociedade civil o objetivo será estimulá-la a acompanhar as atividades do CMDCA.  Manter os integrantes do CMDCA atualizados sobre novas regulamentações e critérios de inovação para o Conselho é necessário para garantir uma prestação de serviço mais efetiva. A QCP – Inteligência em Políticas Públicas atua nessa frente, visando a qualificação daqueles que trabalham em prol dos direitos infantojuvenis.  Seja com instituições públicas ou privadas, as parcerias podem fortalecer a promoção dos direitos de crianças e adolescentes, como em estratégias de comunicação e divulgação de ações do CMDCA. Na 3ª edição da Revista QCP, você pode encontrar alguns exemplos desse tipo de parceria com o CMDCA.  Além de definir indicadores de impacto, é necessário acompanhá-los para certificar a qualidade das ações que estão sendo realizadas. Defina os objetivos e estipule um prazo para alcançá-los. Em caso de dúvidas, a QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode ajudar! Conheça o curso da QCP – Inteligência em Políticas Públicas para estruturar um CMDCA de alto impacto O curso “Fortalecendo instituições na proteção de direitos das crianças e adolescentes” foi desenvolvido pela QCP – Inteligência em Políticas Públicas e será aplicado pelos nossos profissionais. Com o objetivo de atingir conselheiros do CMDCA, conselheiros tutelares e profissionais da rede de proteção social e do sistema de garantia de direitos, estruturamos o conteúdo em dois módulos com carga horária total de oito horas, a fim de tornar o ensino acessível para todos. Como funcionará?  O curso é estruturado em:  Será ministrado no primeiro dia, com previsão de quatro horas de exposição e discussões. Na primeira parte, discutiremos sobre as abordagens iniciais do ECA na construção de direitos das crianças e adolescentes no Brasil.  Já na segunda parte, abordaremos as principais funções dos atores e instituições relacionadas à garantia de direitos (CMDCA, Conselho Tutelar, Rede de Proteção Social  e integrantes do sistema judiciário).  No segundo dia, o módulo será dividido em três partes, cada uma com uma hora de duração e mais vinte minutos dedicados à discussão de ideias.  Na primeira parte, o foco será o planejamento da política de proteção de direitos. Iremos responder as questões “Como construir, sistematizar e monitorar dados relacionados a violações de direitos?” e “Como construir um diagnóstico sobre as vulnerabilidades da C&A no município?”.  Além disso, ainda na primeira parte do Módulo B, reforçaremos a importância da articulação do Conselho Tutelar e da Rede de Proteção Social (RPS) para monitoramento dos casos e acompanhamento dos indicadores. Em seguida, será o momento de aprofundarmos o debate sobre a organização financeira do CMDCA. Como operacionalizar, exigências processuais e com o que se pode gastar no órgão.  Para encerrar o Módulo B e o curso, finalizaremos com a relação com as OSCs: como selecionar organizações e projetos na proteção de direitos? E também sobre o credenciamento das organizações no CMDCA e o monitoramento de suas atividades. Para saber mais informações sobre valores, inscrições ou tirar dúvidas, entre em contato com nossa equipe.

Vale a pena vender para o setor público no Brasil?

Imagem que remete a vender para o setor público.

Quer vender para o governo, mas não sabe por onde começar? A QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode te ajudar A ideia de vender para o setor público pode soar complicada para alguns empreendedores, afinal, muitos já associam com questões burocráticas ou impedimentos regulatórios.  Apesar de ser necessário seguir com a legislação e regras do setor público, esta pode ser uma grande oportunidade para a sua empresa. Além do governo brasileiro oferecer guias e plataformas de apoio, existem empresas especializadas em ajudar os empresários nessa trajetória, como a QCP – Inteligência em Políticas Públicas.  Há a possibilidade de vender produtos ou serviços para o governo, seja ele municipal, estadual ou federal. As oportunidades devem ser acompanhadas por meio das licitações.  O que são licitações? Quando um órgão público precisa adquirir determinado produto ou serviço, é criada uma licitação para divulgar essa necessidade e definir as regras e critérios para que as empresas interessadas participem do processo.  Existem várias modalidades de licitação, como concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. É importante que o empresário atente-se ao formato mais adequado para o seu produto/serviço, já que cada modalidade possui regras específicas. A licitação serve para garantir igualdade de condição para todas as empresas envolvidas no processo. Vale ressaltar que, geralmente, o governo busca pela proposta que tenha o melhor custo-benefício. Benefícios de vender para o setor público Os contratos de vendas para o governo costumam ser de longo prazo, como, por exemplo, para o fornecimento de mão de obra ou de materiais na construção de uma escola pública.  Enquanto o contrato estiver vigente, os pagamentos são realizados nas datas previstas. Isso garante a previsibilidade no fluxo de caixa da empresa, mesmo em períodos de incerteza financeira.  Quando uma empresa é escolhida para vender para o setor público, a credibilidade dela aumenta. Isso porque apenas empresas qualificadas são capazes de passar pelo processo licitatório, que contém critérios técnicos e financeiros rigorosos.  Os processos de licitações são completamente seguros e transparentes, já que os contratos realizados costumam ser de alto valor.  Não importa se você é autônomo, pequeno ou médio empreendedor: desde que tenha um CNPJ, é permitido realizar vendas para o governo. Também não é necessário ter um ponto físico, como uma loja ou indústria.  Os processos licitatórios são realizados on-line, então, toda a contratação também segue neste formato. É possível vender para qualquer lugar do Brasil. Apesar do marketing ser necessário para conquistar clientes, quando falamos do setor público a história muda! Para vender para o governo, é necessário que a sua proposta atenda aos critérios da licitação e seja escolhida.  Mas não se esqueça: conseguir vender para o setor público pode ser uma ótima estratégia de marketing para você colocar no “currículo” do seu negócio e atrair ainda mais clientes.  Como funcionam as vendas para o setor público no Brasil? O governo brasileiro é um dos maiores compradores do mercado, o que traz segurança às empresas que participam das licitações. Só em 2019, de acordo com o Ministério da Economia, foram mais de R$ 900 bilhões movimentados em licitações públicas. O Brasil também conta com regulamentações específicas que orientam sobre essas vendas:  A Lei nº 14.133/2021 substituiu as normas anteriores (8.666/93, 10.520/02 e dispositivos da 12.462/11), a fim de unificá-las e atualizá-las.  Foram estabelecidos critérios de julgamento das propostas (como menor preço, maior desconto, melhor técnica), fases do processo licitatório e novos instrumentos que buscam auxiliar a modernizar as contratações públicas.  A Nova Lei de Licitações já foi atualizada no dia 30 de dezembro de 2024 , na publicação do Decreto nº 12.343/2024.  Em vigor desde o primeiro dia de 2025, o decreto alterou os valores previstos anteriormente na Lei nº 14.133/2021, para que eles se adequassem aos impactos da inflação e outras questões econômicas.  Também houveram mais mudanças, como na ampliação de contratação direta e simplificada. O advogado empresarial e consultor em Compliance, Daniel Barile, da equipe da QCP, destaca o ponto de atenção sobre o novo decreto: “O Decreto nº 12.343/2024, por sua vez, é o principal regulamento federal que detalha os procedimentos da nova lei. Ele funciona como um manual prático, principalmente no âmbito do Governo Federal, mas também inspira Estados e Municípios que seguem o mesmo modelo” — Daniel Barile. Como vender para o setor público? Acompanhar os editais e chamadas abertas de licitações pode ser o primeiro passo para começar a se ambientar com a ideia de vender para o setor público.  Durante essa imersão, pesquise como funciona a demanda dos órgãos públicos em relação ao seu setor, quem são os seus possíveis concorrentes e como foram os processos anteriores.  Outro ponto importante é entender as modalidades previstas na licitação, para ter certeza de que a sua empresa realmente atende aos critérios necessários.  Antes de se inscrever, certifique-se que as documentações da empresa estejam atualizadas e de que há capacidade para atender o setor público. Só então, estruture uma proposta para ser enviada.  “Em resumo, a empresa que deseja não apenas participar, mas vencer com recorrência em licitações, precisa combinar compliance, estratégia, inteligência de mercado e capacidade de execução. É um jogo técnico, mas profundamente estratégico” — Daniel Barile. A QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode te ajudar a vender para o setor público! As exigências legais e a insegurança na elaboração das propostas para licitação ainda são impasses para muitos empresários que desejam vender para o setor público.  Pensando nisso, a QCP – Inteligência em Políticas Públicas desenvolveu uma metodologia para descomplicar esse processo e ajudar as empresas interessadas em vender para o governo. Há mais de 20 anos, atuamos como parceiros estratégicos na qualificação de empreendedores que desejam acessar o mercado público de forma segura, transparente e com impacto social.  Contamos com uma equipe de especialistas que acompanham todas as etapas da licitação, traduzindo as exigências em um formato mais claro, viável e aplicável à realidade dos negócios. Entre em contato conosco para saber mais! Clique aqui e agende uma conversa.

Os resultados da parceria entre a QCP – Inteligência em Políticas Públicas e o Instituto Votorantim

A imagem sobre o projeto da QCP com o Instituto Votorantim remete a união e proteção de crianças e adolescentes a partir de diversas mãos infantis conectadas.

A união de especialistas com um foco: alcançar umasociedade mais democrática Artigo escrito em colaboração com Caio Momesso, pesquisador e consultor da QCP – Inteligência em Políticas Públicas Desde 2015, a QCP – Inteligência em Políticas Públicas é parceira técnica do Instituto Votorantim com o objetivo de auxiliar a gestão do Programa VIA. Na época, o VIA ainda não tinha uma metodologia definida, apesar de haver o desejo de atuação com a pauta de crianças e adolescentes. Caio Momesso, pesquisador e coordenador do projeto pela QCP – Inteligência em Políticas Públicas, contextualiza sobre o surgimento da parceria: “O VIA é um programa que possui recurso incentivado — ou seja, as empresas do Grupo Votorantim fazem direcionamentos de recursos a partir de resultados fiscais. Com esse valor repassado, surgiu a necessidade também de aprimorar a gestão pública”, explica. O uso estratégico do recurso não visa apenas o financiamento de programas de convivência e fortalecimento de vínculos, mas também o avanço da capacidade de gestão dos Conselhos Municipais, pontua Caio. A parceria entre o Instituto Votorantim e a QCP funciona da seguinte maneira: o Instituto é o responsável pela criação e concepção dos programas e metodologias aplicadas; já a QCP é contratada para a execução nos municípios indicados e para o desenvolvimento de algumas ferramentas da metodologia que será trabalhada. Ações de impacto que surgiram com a parceria do Instituto Votorantim Caio conta que está em desenvolvimento uma metodologia para a modalidade VIA Rede de Proteção: “Essa metodologia irá trabalhar com todos os atores que compõem a Rede de Proteção e o Sistema de Garantia de Direitos para crianças e adolescentes”, menciona. Com o objetivo de implementar a Lei da Escuta Protegida, nº 13.431/2017, a metodologia atua junto a forças de segurança pública, sistema judiciário, educação estadual e outros atores municipais, também em conjunto com o CMDCA. Em relação à Lei da Escuta Protegida, o pesquisador explica que essa é uma das principais leis envolvendo o público infantojuvenil desde o ECA, pois ela reorganiza todo o sistema de a sociedade civil e órgãos públicos lidam com a violência contra crianças e adolescentes. “Trabalhamos com a criação de bases de dados, identificando principais tipos de violências e violações, distribuídos geograficamente e com análises de gênero, raça, entre outros. Isso gera uma inteligência a respeito das prioridades de atuação da RPS e do SGD”, ele explica, além de dizer que é feita uma estrutura administrativa para que haja um fluxo de informações de forma rápida e estratégica. Outro ponto ressaltado no projeto é a reorganização das funções dos profissionais que atuam para a implementação da Lei, a fim de garantir que as crianças e adolescentes sejam preservados da revitimização (quando precisam relatar mais de uma vez o acontecimento traumático). Ações mais pontuais também são desenvolvidas, como por exemplo o apoio aos municípios para realização da Campanha 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A implementação dos projetos A proposta é que os projetos sejam desenvolvidos durante três anos em cada município, de acordo com Caio: “[…] entendemos que mudanças na cultura organizacional levam tempo para serem apreendidas e colocadas em prática. Por isso, nossa metodologia é fundamentalmente participativa”, ele comenta. A perspectiva a médio prazo também possibilita o acompanhamento de transição da diretoria do CMDCA, que ocorre a cada dois anos. Essa assessoria faz com que os avanços não sejam perdidos, garantindo uma transição de gestão comprometida com a memória institucional do conselho. Já em relação à escolha dos municípios em que o VIA irá atuar, é de responsabilidade de cada empresa do Grupo Votorantim que deseja participar do projeto. Caio esclarece que devem haver unidades produtivas das empresas, ou nas proximidades, do município escolhido. Mas existem também outros critérios de análise de dados e priorização de investimento para a escolha de cada empresa. “O contato é intermediado inicialmente pelo Instituto Votorantim. Após o primeiro contato, indicamos um especialista de referência para acompanhar o respectivo CMDCA. Durante a primeira visita técnica, são elencadas pessoas como pontos focais no território para ficar em contato mais direto com nossa equipe”, o pesquisador explicita como ocorre o primeiro passo de atuação da parceria. Planos para o futuro da parceria QCP – Inteligência em Políticas Públicas e Instituto Votorantim O VIA segue em movimento de expansão, o que reforça a necessidade de aprimoramento dos processos internos de gestão. Por isso, Caio conta que a equipe está revisando os instrumentos de acompanhamento, além de se atualizarem em formações relacionadas às crianças e adolescentes. As visitas técnicas também já estão no escopo para 2025. As expectativas para a modalidade VIA Rede de Proteção estão altas: “Nossa ambição é que possamos consolidar uma metodologia levando em conta os aprendizados que tivemos com o acúmulo de três anos já praticando essa modalidade”, o pesquisador compartilha. Os webinários do VIA, que ocorrem semestralmente, também receberão investimento em metodologias participativas, para tornar a dinâmica cada vez mais interessante e proveitosa para os participantes. Com a atuação da parceria entre a QCP – Inteligência em Políticas Públicas e o Instituto Votorantim, cada vez mais municípios serão atendidos, transformando a realidade de milhares de crianças e adolescentes em todo o Brasil. Clique aqui para ler o artigo completo e outros materiais na nossa Revista Digital.

Capacitação na gestão pública: por que investir em treinamentos para servidores?

o tema de capacitação na gestão pública é ilustrado na imagem, com uma pessoa ensinando conteúdos para um grupo de profissionais.

Para garantir que a administração pública seja mais eficiente e moderna, é importante que os servidores estejam inseridos em um ambiente de aprendizado contínuo, de forma a prepará-los para enfrentar os novos desafios do setor. A capacitação na gestão pública é uma alternativa eficaz para alcançar esses resultados. É por meio da formação contínua que os profissionais se atualizam em relação às necessidades da sociedade, aprimoram a tomada de decisões e promovem maior inclusão e transparência para os governos.  A capacitação na gestão pública também desempenha um papel fundamental na inserção dos servidores na transformação digital, cada vez mais presente nos governos municipais brasileiros. Dessa forma, é possível unir profissionais qualificados com ferramentas tecnológicas capazes de otimizar processos e diminuir a burocracia existente.  Quais os benefícios de investir em capacitação na gestão pública? Esse tipo de investimento não traz benefícios apenas para os servidores, mas também para a administração pública e sociedade, que irá usufruir dos serviços prestados e poderá desenvolver mais confiança na gestão atual, bem como no uso dos recursos públicos.  Para os servidores, a capacitação na gestão pública é uma forma de continuarem se qualificando, o que resulta em crescimento profissional e pessoal. Há também maior reconhecimento e valorização do trabalho realizado, junto com aspectos como autoconfiança e autonomia, que também podem ser desenvolvidos em treinamentos.  Já em relação à administração pública, os resultados são consequência das ações dos servidores: há uma melhoria na qualidade dos serviços prestados, redução de erros e retrabalho, aumento da produtividade e maior engajamento com a cultura organizacional.  Vale ressaltar que a capacitação na gestão pública deve estar alinhada à inovação e novas tecnologias, capazes de aprimorar a execução das políticas públicas e também de serem adaptáveis à realidade de cada município.  As formações da QCP para o fortalecimento dos CMDCAs e para a Lei da Escuta Protegida  Além de diversos cursos de capacitação na gestão pública que a QCP já oferece, também são realizadas formações para servidores em alguns dos serviços prestados, como, por exemplo, nas ações de fortalecimento dos Conselhos Municipais dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CMDCAs) e para a Lei da Escuta Protegida.  Essas capacitações acontecem em parceria com outras instituições e no formato híbrido, ou seja, existe tanto um acompanhamento virtual quanto presencial ao longo de um ano. Por ser um modelo longitudinal, os formadores desenvolvem um vínculo com os participantes, o que torna o diálogo ainda mais horizontal com os principais atores do município.  Geralmente, a capacitação para os CMDCAs e para a Lei da Escuta Protegida acontece de acordo com as seguintes etapas:  Paralelo a essas ações, existem desafios a serem superados, por exemplo, a rotatividade de quem ocupa os cargos no Conselho Tutelar e a institucionalização dos fluxos e Lei da Escuta Protegida na memória coletiva do município.  As formações da QCP para o Instituto João e Maria Backheuser Neste caso, a capacitação promovida pela QCP ocorre para o setor da educação pública municipal. Durante o ciclo formativo, foi aplicada a metodologia Planejamento Estratégico Situacional, baseada no Triângulo de Matus.  A partir desse conceito, o planejamento é desenvolvido com base em três pilares: o projeto político, a governabilidade e a capacidade técnica e financeira do município. Esses aspectos englobam desde o diagnóstico situacional da educação no município até o planejamento e estudo de viabilidade.  Além desses pilares, é feita uma priorização dos principais problemas da educação pública local, assim como também são consideradas as experiências e vivências das gestões anteriores na Secretaria de Educação, para que as especificidades do território estejam presentes na formação.  Então, além de atenderem à legislação da educação pública no Brasil, as capacitações e planejamentos realizados junto ao Instituto João e Maria Backheuser também consideram as capacidades técnicas operacionais de cada município, a fim de entregar um resultado personalizado à realidade local.  Invista em capacitação na gestão pública com a QCP! Desde 2003, a QCP – Inteligência em Políticas Públicas atua em prol de organizações do setor público e terceiro setor, com soluções que visam ampliar a democracia, qualificar a participação social e garantir o acesso universal a bens e serviços públicos.  Em relação aos serviços de capacitação na gestão pública que oferecemos, prezamos por investir em formações com alto nível de excelência, pautadas nas metodologias e técnicas mais atuais de gestão pública e direcionadas por profissionais qualificados.  Clique aqui para conhecer o nosso portfólio de projetos já realizados. 

Como garantir o desenvolvimento sustentável dos parques tecnológicos?

Imagem sobre sustentabilidade em parques tecnológicos.

Conheça a metodologia de pesquisa e implementação da QCP – Inteligência em Políticas Públicas Os parques tecnológicos representam espaços de inovação, que impulsionam o empreendedorismo e reúnem três setores: do conhecimento (universidade e centros de pesquisa), produtivo (indústrias e empresas) e do poder público.  No Brasil, de acordo com a plataforma InovaData, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), existem 64 parques tecnológicos em operação, 29 em processo de implantação e oito em planejamento.  Esses polos são subsidiados financeiramente e operacionalmente por indústrias e empresas, enquanto que as instituições de ensino e pesquisa fornecem conhecimento para estimular a inovação na economia. Já o poder público, contribui com recursos facilitadores para quem atua nos parques tecnológicos, como incentivos fiscais.  Além de se destacarem como ambientes de inovação e tecnologia, os parques tecnológicos também são baseados na colaboração entre as empresas pertencentes, já que o networking ocorre diariamente.  Apesar do incentivo público e ações das empresas e centros de conhecimento para o desenvolvimento dos parques tecnológicos, o Brasil ainda precisa percorrer um longo caminho para se firmar como referência mundial em inovação.  Por exemplo, é preciso ampliar a interiorização dos parques tecnológicos, tendo em vista que a maioria está concentrada em capitais ou regiões metropolitanas. Outro ponto é a criação de mais espaços assim nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Hoje, a maior parte dos parques tecnológicos está no Sul.   Para que os novos parques tecnológicos tenham um desenvolvimento sustentável e também para garantir que os polos existentes acompanhem as tendências de inovação mundial, é válido observar o contexto em que serão/estão inseridos, para identificar acertos e erros no processo de implementação. De que forma os parques tecnológicos podem alcançar o desenvolvimento sustentável?  A QCP – Inteligência em Políticas Públicas possui uma metodologia de implementação para parques tecnológicos. Ela foi elaborada para responder às realidades e desafios de cada território, sendo formada por quatro módulos: Diagnóstico, Estruturação, Implementação e Governança. Entenda a metodologia de implementação para parques tecnológicos da QCP! Conheça a atuação da QCP em parceria com o Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos Com o objetivo de analisar o impacto econômico e social e de desenvolver estratégias de fortalecimento para o Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos (PIT SJC), a QCP – Inteligência em Políticas Públicas prestou uma consultoria de, aproximadamente, 1200 horas para o PIT SJC, com uma equipe multidisciplinar de 10 consultores e membros participantes do projeto. Durante o trabalho desenvolvido, foi realizada uma Análise SWOT (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças), ressaltando os desafios presentes no cenário externo, mas também quais oportunidades devem ser aproveitadas.  Entre as principais informações obtidas, calculamos os benefícios econômicos em 2023 e a alta geração de empregos do ecossistema. Para garantir que o PIT SJC continue em processo de crescimento até 2028, identificamos as principais frentes que podem ser investidas, inclusive de expansão territorial. Qual metodologia de pesquisa foi usada no projeto do Parque Tecnológico de SJC? Para entender o impacto que o ambiente de inovação traz para a sociedade, aplicamos uma metodologia para o levantamento e análise de dados em quatro etapas: O Desk Research é um método eficiente e econômico, utilizado para coletar e analisar dados já existentes e publicados em fontes confiáveis. A partir da pesquisa secundária, conseguimos identificar tendências, contexto e comportamentos do PIT SJC, o que contribuiu para a tomada de decisão.  Foram consultadas centenas de fontes, sendo elas: noticiários, relatórios de associações industriais, websites especializados, normativas de Ministérios, artigos acadêmicos, bases de dados públicas, relatórios governamentais e documentos oficiais, contribuições de organizações internacionais, publicações de instituições de pesquisa e inovação, relatórios e balanços da APTSJC. A segunda etapa da metodologia consistiu na pesquisa primária, uma adaptação do Método Delphi, que é feito em ciclos de entrevistas com monitoramento e feedbacks, para que o grupo entre em um consenso sobre o mercado de atuação.  Realizamos dezenas de entrevistas em profundidade com atores relevantes do ecossistema de inovação e com interlocutores estratégicos vinculados ao projeto. As conversas, que somaram dezenas de horas, resultaram em um extenso material transcrito, com centenas de páginas de conteúdo analisável. Após reunirmos todos os dados, chegou a hora de estruturá-los. Para consolidar os inputs recebidos, consideramos estimativas baseadas em framework de análise desenvolvidos por especialistas; triangulação de múltiplas fontes para estimativas; utilização de dados primários e secundários da pesquisa.  Foram estipulados indicadores, que passaram por um processo de validação e inspeção de qualidade para garantir a precisão deles. No final desta etapa, a validação foi feita pelo Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos. Por fim, os especialistas da QCP – Inteligência em Políticas Públicas reuniram as etapas anteriores e identificaram os principais tipos de impacto no PIT, fornecendo insights para o fortalecimento da sua atuação. Quais outras soluções para parques tecnológicos a QCP – Inteligência em Políticas Públicas oferece? Nosso serviço de consultoria é adaptado para atender às necessidades de cada região, para que a vocação do território seja potencializada com as nossas estratégias.  Saiba mais sobre nossa metodologia de implementação de parques tecnológicos Em caso de dúvidas, você também pode entrar em contato pelo nosso site.

De que forma a QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode impulsionar o CMDCA?

A imagem mostra uma roda com crianças durante uma atividade lúdica para remeter à educação infantil e CMDCA.

Artigo escrito em colaboração com Caio Momesso, pesquisador e consultor da QCP – Inteligência em Políticas Públicas O desejo por uma sociedade mais justa está interligado à necessidade de empresas e instituições (como o CMDCA) em implementar um desenvolvimento sustentável em relação a políticas, economia, sociedade e meio ambiente. Um dos passos para conquistar esse objetivo é pensar em ações concretas que não irão impactar negativamente as gerações futuras, ou seja, as crianças e adolescentes de agora.  Porém, além dessa preocupação com o amanhã, também precisamos garantir que os mais novos tenham qualidade de vida e garantia dos direitos no momento presente. No Brasil, desde 1990 as crianças e adolescentes possuem direitos específicos assegurados pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), o qual possui órgãos responsáveis pelo atendimento e garantia de acolhimento desse público, o caso do Conselho Tutelar; e para o acompanhamento e desenvolvimento da política voltado a esse público, função atribuída ao Conselho Municipal dos Direitos da Crianças e Adolescentes (CMDCA). As proporções continentais do território brasileiro provocam uma distinção social e cultural entre as partes do país, o que traz a necessidade da ação dos conselhos no nível local de atuação. Conforme a Constituição de 1988, o município ganhou diversas responsabilidades na implementação de políticas públicas. O CMDCA na prática Este é um órgão que tem o objetivo de formular, deliberar e fiscalizar as políticas públicas dos municípios que envolvem crianças e adolescentes. Denúncias, reivindicações e solicitações também podem ser feitas no CMDCA. Entretanto, vale ressaltar a diferença na atuação do CMDCA com o Conselho Tutelar. Enquanto o primeiro é responsável pela formulação e controle das políticas públicas, o segundo é quem atende os casos concretos de violação dos direitos previstos no ECA. Além disso, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é formado por representantes do Poder Executivo municipal e da sociedade civil, enquanto que os integrantes do Conselho Tutelar são eleitos democraticamente pela população. O CMDCA é responsável por gerenciar os recursos do Fundo dos direitos das crianças e adolescentes no município, assim como estabelecer os critérios e priorização para utilização da verba. Para garantir que as políticas públicas voltadas para o grupo infanto-juvenil sejam cumpridas, é necessário que o CMDCA esteja articulado e organizado.  Olhar para suas diferentes dimensões é essencial: o órgão deve manter reuniões periódicas, ter um diagnóstico das principais violações de direitos na cidade e entender quais políticas atendem essas demandas. Projetos especiais podem ser financiados pelo Fundo. Para isso, o CMDCA deve estar empoderado sobre o funcionamento do MROSC (Lei 13.019/2014), que estabelece a relação do poder público com organizações da sociedade civil. A atuação da QCP em parceria com o Instituto Votorantim Desde 2015, a QCP – Inteligência em Políticas Públicas é parceira técnica do Instituto Votorantim para a gestão do Programa Votorantim pela Infância e Adolescência (VIA). Ao longo dos anos, a atuação já ocorreu em 12 estados, 37 municípios e com nove empresas do Grupo Votorantim. Durante esse período, a parceria já concretizou em conjunto algumas metodologias em prol dos CMDCAs, como, por exemplo, a Régua de Maturidade, que tem como objetivo diagnosticar o nível de desenvolvimento de cada CMDCA.  Enquanto o Instituto Votorantim é responsável pelo desenvolvimento do programa e metodologia, a QCP é encarregada da execução e desenvolvimento de determinadas ferramentas metodológicas. Iniciativas como o Programa VIA são essenciais para o funcionamento das políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes, porém, essa não é a única tática a ser usada para torná-las efetivas. A consciência da sociedade civil, perante os direitos infanto-juvenis,  tão necessária quanto a aplicação das legislações. É dessa forma que os primeiros sinais de violação de direitos podem ser identificados com mais facilidade pelos integrantes da comunidade que esse grupo está inserido. Conheça o programa Votorantim pela Infância e Adolescência (VIA) O fortalecimento de políticas e programas geridos pelo CMDCA é uma das frentes em que o VIA atua, contribuindo para uma melhoria na qualidade de vida dos mais novos.  Também impulsiona outras políticas públicas e práticas relacionadas à capacidade institucional e social dos territórios na identificação, resposta e responsabilização de casos de violação de direitos infanto-juvenis.  Dados gerais do VIA em 2024:  → Foram atendidos 16 municípios; → 228 encontros online; → 198.340 pessoas de 0 a 19 anos foram impactadas indiretamente;  → 49 visitas técnicas realizadas;  → 618 participantes; → 1.418 horas de formação.  Entre as outras áreas de atuação do programa, pode-se citar o VIA Solidária e a Rede de Proteção, que são ações de incentivo aos colaboradores pertencentes às empresas do portfólio da Votorantim, as quais visam a doação e destinação do IR e construção de estratégias para enfrentamento às violências. Conheça as outras formas de atuação da QCP – Inteligência em Políticas Públicas Além de atuarmos em prol das crianças e adolescentes, também estamos à frente de soluções que envolvem outros setores da sociedade, juntamente com a economia e o meio ambiente.  Saiba mais sobre os nossos projetos acessando o portfólio disponível em nosso site!  Clique aqui para ler o artigo completo e outros materiais na nossa Revista Digital.

Desafios e estratégias para a implementação da Lei da Escuta Protegida

Foto de uma mulher com a mão ao lado do ouvido simbolizando a Lei da Escuta Protegida

Entrevista com Maria Ângela Leal Rudge – psicóloga, professora e consultora da QCP A Lei da Escuta Protegida, nº 13.431 de 4 de abril de 2017, é um marco na trajetória de direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil, criada para garantir que as vítimas de violência não precisem relatar seu trauma repetidamente, causando ainda mais sofrimento.  Embora seja considerada um avanço significativo nas questões legislativas brasileiras, é importante ressaltar que o país se preocupou com o grupo infantojuvenil de forma tardia. O grupo era tratado sem uma perspectiva de direitos sociais ou ancorados por uma política de ascendência social. O desenvolvimento do ECA permitiu que a sociedade e governos passassem a encarar as crianças e adolescentes a partir de um novo ponto de vista, com embasamento sociológico e antropológico. Entre as consequências da Constituição Federal e do ECA, está a mudança na centralidade da política do governo federal. A fim de alcançar os direitos propostos, foi adotado um princípio de municipalização, para que os municípios se responsabilizassem pelo cumprimento das normas, como, por exemplo, a partir do Conselho Tutelar. Marco histórico na legislação brasileira: Lei da Escuta Protegida A Lei da Escuta Protegida possui um caráter que depende da ação municipal, ou seja, os municípios são responsáveis pela estruturação e aplicação da Lei. Entretanto, é preciso uma forte articulação entre os órgãos responsáveis para que a Lei seja, de fato, efetiva. A psicóloga e professora Maria Ângela Leal Rudge, comenta que, apesar da Lei da Escuta Protegida ter sido criada em 2017, foi apenas em 2022 que houve um pacto nacional, que visou criar um fluxo de todos os envolvidos no processo e ancorar a implementação da legislação. Maria Ângela é uma profissional da QCP – Inteligência em Políticas Públicas, reconhecida nacionalmente pelo seu trabalho na implementação de projetos na área e desenvolve atividades no VIA – Votorantim pela Infância e Adolescência.  O programa atua na promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente a fim de reduzir índices de vulnerabilidade e violência e promover a qualidade de vida local. Confira o bate-papo com Maria Ângela sobre os desafios e estratégias para a implementação da Lei da Escuta Protegida De que maneira é construído o fluxo de atendimento integrado entre as áreas envolvidas? “Existem algumas ações estratégias para a implementação da Lei. A primeira parte é fazer uma pactuação e criar um comitê de gestão, para que ele se responsabilize pela implementação da Lei da Escuta Protegida. Quem deve participar? Todos os órgãos envolvidos neste processo. A segunda etapa é fazer um diagnóstico de como as situações de violência estão sendo trabalhadas. Esse mapeamento permite identificar as necessidades de melhoria e criar um eixo de ancoragem do trabalho. O terceiro passo é fazer fluxo, mas não adianta pensar em apenas um fluxo. É necessário fazer o fluxo da saúde, da educação, da assistência, das organizações, da polícia, do poder judiciário, do Ministério Público, e assim por diante. A partir disso, nós apresentamos para a rede, geramos conhecimento e avaliamos as propostas de forma participativa ”. Órgãos responsáveis pelo Comitê de Gestão Colegiada Esses atores são definidos pelo Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SDDCA) e devem exercer as funções a partir de três eixos: I) promoção dos direitos humanos; II) defesa dos direitos humanos; III) controle da efetivação dos direitos humanos. Existem protocolos e capacitações para os profissionais na Lei da Escuta Protegida? “Depois que fazemos os fluxos e definimos os papéis, começamos a construir um protocolo integrado de uma cidade. Enquanto o fluxo é o caminho que se percorre, o protocolo nada mais é do que o ‘como fazer’. Então, é um grande desafio criar um protocolo. Nele, especificamos todas as informações: o que é a Lei da Escuta Protegida, quais são os conceitos, o que é a escuta protegida, qual o papel da educação, da saúde, quais são os instrumentos, como eu faço um relatório, etc.  E a formação, ela vai se fazendo com a implantação do projeto e capacitação dos profissionais. A formação não é sentar em uma sala de aula e falar ‘agora vamos começar a aula um’. Não, é trabalhar junto, fazer junto, é um processo de construção coletiva eminentemente formativa, um projeto muito filigranado e muito demorado”. Há um padrão único dessas capacitações, já que a realidade dos territórios é diferente? “Eu inicio a formação pelo histórico, contextualizando as leis, criando a política de atendimento prevista pelo ECA. No processo de formação, é alinhado qual o papel de cada ator no sistema de garantia de direitos […] Nós criamos algumas propostas, o que eu chamo de rotas formativas, e o protocolo é um documento que vai ser entregue somente no final do projeto, como um documento balizador daquela cidade.  Quando falamos de planejamento estratégico, juntos vamos construir também um plano municipal de enfrentamento das violências […] Eu estive num encontro com 45 professores e educadores da rede estadual e municipal de Jaíba-MG, e foi tão emocionante.  Eles falaram que não estavam mais se sentindo sozinhos. Eles recebem muita demanda, os alunos falam muito para os professores e eles não sabem o que fazer, então, o que criamos é uma lógica para aquela cidade”. “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” — Provérbio africano, mencionado por Maria Ângela Se existir revitimização, quais procedimentos precisam ser feitos? “O que é revitimizar? Quando a criança é obrigada a falar várias vezes. A Lei da Escuta Protegida foi feita para que isso não ocorra. Às vezes, não ficamos sabendo, mas temos uma estratégia em que você cerca todo mundo na rede, porque você tem um instrumento a partir de uma planilha, em que você vai sistematizando, vai monitorando os dados e criando um caldo de conhecimento para a criança não falar de novo […] Existe um fenômeno que se chama ‘espanto fantástico’.  O ser humano tem um comportamento que é o espanto por aquilo que é fantástico […] Como profissional, você precisa lidar com a curiosidade, você

Consultoria em educação: conheça os benefícios do serviço

imagem de uma professora ensinando uma aluna, remetendo à temática do artigo de consultoria em educação

Os desafios enfrentados pela educação no Brasil ultrapassam os limites dos muros escolares. Eles englobam, por exemplo, questões relacionadas à desigualdade socioeconômica e a dificuldade de acesso ao ensino em áreas mais isoladas. Neste contexto, a consultoria em educação entra como uma alternativa para buscar por melhorias. Mesmo que isso não seja realidade nas instituições particulares mais prestigiadas, a alta evasão escolar, falta de infraestrutura e baixa qualidade do ensino são características presentes na educação pública de todo o país.  Há ainda problemas relacionados com as gestões escolares e a falta de materiais adequados para os estudantes, ou seja, que possuam conteúdos e abordagens mais atualizadas, garantindo maior qualidade e equidade na educação brasileira. A consultoria em educação pode ser uma solução estratégica e inovadora para esses impasses. Após um diagnóstico, o serviço deverá oferecer alternativas viáveis — e dentro do orçamento estabelecido — para contornar os problemas existentes. O que é a consultoria em educação? Uma consultoria em educação é um serviço oferecido por empresas que podem atuar tanto no setor público quanto privado. Muitos colégios particulares, por exemplo, contratam consultorias educacionais a fim de melhorar o ambiente escolar ou desenvolver softwares específicos para as suas necessidades. Os profissionais que trabalham em uma consultoria em educação são responsáveis por fazerem avaliações, diagnósticos, orientações, aconselhamentos e até mesmo oferecer capacitações para o contratante.  A consultoria em educação pode ser realizada para uma única instituição, como é o caso das escolas particulares, ou para todo um setor educacional, por exemplo, se a Secretaria Municipal de Educação opta por contratar esse serviço para transformar a educação pública em uma cidade.  Para que o serviço de uma consultoria em educação seja efetivo, os profissionais envolvidos devem praticar a escuta ativa, possuírem flexibilidade e terem a viabilidade de adaptação para qualquer cenário entre as diversas realidades regionais e municipais do Brasil. Como a consultoria em educação funciona na prática? Os benefícios da consultoria em educação  Leia a terceira edição da Revista QCP com foco na criança e adolescente! A educação tem o poder de transformar a realidade das crianças e adolescentes. Porém, para tornar isso efetivo, é necessário que haja políticas públicas e regulamentações voltadas para esse público.  Na última edição da Revista QCP, aprofundamos o tema a partir de um breve histórico das Leis que englobam os mais novos, especialmente a Lei da Escuta Protegida. Além disso, também trouxemos conteúdos sobre a importância de uma educação de qualidade para as próximas gerações.  Clique aqui para ler a revista completa.  Conheça a QCP enquanto consultora em educação Desde 2003, a QCP se compromete em construir uma sociedade mais justa através de soluções sociais, especialmente no âmbito educacional. Durante essa trajetória, já foram realizados projetos em várias regiões brasileiras, com a participação de empresas parceiras. No Programa Melhoria da Educação do Itaú Social, fomos responsáveis pelo acompanhamento da elaboração dos Planejamentos Estratégicos de Secretarias Municipais de Educação e de Iniciativas Regionais em todo o Brasil.  Além disso, a QCP também oferece serviços que envolvem a produção de conteúdos didáticos, como os Cadernos para Formação de Gestores da Secretaria de Estado de Educação da Paraíba, o material “Um novo olhar para o ensino fundamental”, para a prefeitura de Leme (SP) e a Coleção Manga Rosa. Para saber mais sobre nossas iniciativas na educação brasileira, entre em contato conosco ou acesse nosso portfólio. 

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