Cidades Criativas: como e por quê investir nessa ideia?

Nos últimos anos, o conceito de Cidades Criativas tem ganhado força em uma variedade de ambientes ligados à cultura, desenvolvimento local e patrimônio histórico. Não estamos falando apenas de um espaço que reúne e estimula pessoas inventivas e com boas ideias, mas de um projeto que deve permanecer em constante evolução e que pode construir caminhos para municípios mais democráticos, independentes e prósperos. Essa política territorial é baseada na criatividade, reconhecendo e gerenciando de maneira responsável seus talentos locais para que novas soluções possam enfrentar os desafios urbanos atuais. Valorização da identidade, empreendedorismo, inovação e participação pública são aspectos fundamentais das cidades criativas. Então, como transformar essa ideia em casos concretos? Por mais políticas públicas a favor de cidades criativas É fundamental pensar em políticas públicas que priorizem a promoção de ecossistemas criativos locais, o fortalecimento da identidade cultural e a reorganização urbana equitativa para potencializar o desenvolvimento socioeconômico. Investindo em iniciativas que fomentam a criatividade, valorizam a cultura local e garantem acesso justo a serviços básicos, as cidades podem cultivar ambientes mais inclusivos, prósperos e colaborativos, beneficiando tanto seus habitantes quanto os diversos setores governamentais envolvidos. Podemos citar exemplos de cidades criativas no Brasil para demonstrar como gestões municipais e outras esferas do governo estão aplicando essa ideia de forma bem-sucedida. Em Belém, no Pará, temos um caso de ação articulada de diferentes atores locais em torno de uma mesma potencialidade: a cultura gastronômica – valorização que permitiu a entrada da cidade na rede da UNESCO. Penedo, em Alagoas, também é ótima referência de como o planejamento e trabalho articulado podem abrir oportunidades para cidades de todos os portes. Neste pequeno município histórico, às margens do Rio São Francisco, o audiovisual se tornou o motor para o desenvolvimento local, após a identificação da vocação cultural. 3 passos para incorporar essa ideia nos programas de governo A Quanta colabora com a implementação destas políticas nos planos de governo municipais, fornecendo orientações abrangentes e um roteiro claro e prático para uma integração efetiva. Em nosso projeto mais recente, editamos o guia “Transformação criativa das cidades brasileiras: Diretrizes para incorporação nos Programas de Governo Municipais de 2024”, para o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Para demonstrar a aplicação dessas diretrizes nos programas de governo, delineamos três passos essenciais com foco em uma implementação bem-sucedida: 1. Organização do Comitê: grupo responsável pela articulação das propostas na campanha; 2. Formulação das Propostas: sistematizadas, irão compor o Plano Municipal de Cidade Criativa, compreendendo desde o levantamento de indicadores até as ferramentas de análise; 3. Organização do programa: principal instrumento que sintetiza as ações de fortalecimento da criatividade no âmbito local: objetivos, metas e possíveis ações a serem desenvolvidas para alcançá-las – definidas a partir das potencialidades e demandas do município. O conceito de Cidades Criativas nos permite refletir sobre a evolução do desenvolvimento urbano e a redefinição dos pilares sobre os quais construímos nossas cidades – e este pode ser o futuro de ambientes mais inovadores, inclusivos, participativos, tolerantes, sustentáveis e conectados às novas tecnologias de informação e aos seus bens culturais. Quer conhecer alguns casos bem-sucedidos da implementação de Cidades Criativas no Brasil? Acesse a Revista Digital da QCP para conferir a descrição detalhada dos processos e resultados obtidos em Belém e Penedo: clique aqui.