Em um ambiente político cada vez mais dinâmico e complexo, é fundamental compreender o território em disputa sob uma perspectiva de dados, para campanhas eleitorais baseadas em inteligência estratégica.
Afinal, os números não mentem: apenas volume, sem estratégia, terá pouco impacto em uma campanha eleitoral.
Dados e informações georreferenciadas permitem pensar em ações estratégicas que direcionam tempo e recursos de forma assertiva.
Essa visão aproximada oferece maior compreensão sobre as demandas e expectativas da população, além dos níveis de aceitação em determinada região e o perfil dos eleitores.
Apesar de o uso de dados nas campanhas não ser algo completamente novo, as novas tecnologias favorecem a coleta de informações de uma forma como nunca antes tivemos acesso antes.
Ainda é preciso considerar o uso ético e não apenas em benefício da sociedade, mas também como um elemento de fortalecimento dos processos democráticos.
As Eleições Municipais de 2024 continuam sendo um momento crucial para a democracia local, considerando justamente o impacto das mudanças sociopolíticas e tecnológicas.
É uma oportunidade, portanto, de pensar no uso da inteligência estratégica para a formulação de campanhas políticas mais eficazes e centradas na representação adequada dos interesses dos cidadãos.
A transformação das campanhas eleitorais por meio dos dados
Vamos voltar no tempo? Até algumas décadas atrás, os mapas eleitorais eram pintados à mão e o cruzamento das informações era completamente analógico, algo impensável para a agilidade e facilidade do acesso que temos atualmente, com as novas tecnologias.
Agora, tente visualizar quanto tempo e verba poderiam ser aplicados de forma mais assertiva, não apenas na época em que o acesso a dados era um processo mais complicado e moroso, mas até hoje, por meio da identificação georreferenciada do perfil territorial e eleitoral de determinada região.
É verdade que o aumento do acesso à informação também tem mudado, na mesma intensidade, os comportamentos, preferências, expectativas e exigências dos eleitores.
Se antes o cenário político brasileiro era caracterizado especialmente pelo peso do carisma pessoal e das redes de influência tradicionais, atualmente as campanhas demandam uma nova forma de engajamento e persuasão.
A transição de um modelo intuitivo para um baseado em evidências reflete justamente essa evolução significativa no planejamento e execução de campanhas políticas.
Conhecendo quem são os eleitores, onde eles estão e quais são suas demandas, é possível elaborar programas de governo mais coerentes com a realidade de determinado território e entregar mensagens mais objetivas.
O uso ético de dados e o fortalecimento dos processos democráticos
É indispensável falar sobre a importância dos dados estarem em conformidade com a LGPD, garantindo respeito à privacidade dos eleitores.
De forma mais prática, todo dado coletado, como nome, telefone e e-mail, precisa ser obtido de forma consentida, ou seja, autorizada pelo cidadão.
Para isso, é importante reforçar a necessidade de procedimentos éticos e transparentes para a coleta de informações, além do investimento em tecnologias e processos de verificação.
Ainda neste sentido, usar esses dados de forma estratégica pode tornar o processo eleitoral mais transparente e informado, tanto para os candidatos quanto para os eleitores, promovendo um debate público mais robusto e fundamentado em evidências.
Pensar no uso sustentável das informações fornecidas por este processo também é crucial para formular políticas pós-eleição, já que os políticos eleitos podem ter a base de orientação sobre as preferências e necessidades da população para aplicar soluções durante o mandato.
A importância das consultorias políticas no uso de dados
Tão importante quanto obter uma base de dados é a análise adequada das informações coletadas para a elaboração de estratégias durante e após as campanhas eleitorais.
Consultorias como a Quanta assumiram um papel fundamental para garantir a confiabilidade e legitimidade dos dados coletados.
A Quanta oferece, ainda, análises avançadas para decodificar tendências eleitorais e comportamentais, com uma visão mais profunda não apenas do “quem” e “onde”, mas principalmente do “por que” os eleitores fazem suas escolhas.
Os serviços e soluções abrangem uma série de áreas críticas, tais como:
- Análise Demográfica e Psicográfica: identificação de segmentos eleitorais chave através de dados demográficos detalhados e análise psicográfica, que explora atitudes, valores e opiniões;
- Simulações e Modelagem de Cenários: uso de modelos preditivos para simular diferentes cenários de campanha e suas possíveis saídas, permitindo ajustes estratégicos proativos e em tempo real;
- Gestão e Formação de Coalizões: estratégias para construção de alianças políticas sustentáveis baseadas em análises de compatibilidade e potencial de colaboração entre grupos e indivíduos.
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