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Qual a importância da transformação digital para empresas?

Imagem de uma pessoa apontando dados e gráficos em uma tela de computador para representar a transformação digital no ambiente corporativo.

A tecnologia está cada vez mais presente em aspectos ambientais, sociais ou de governança. Porém, existem muitas empresas que ainda são consideradas analógicas, por não terem passado pela transformação digital.  O termo consiste na implementação de ferramentas tecnológicas nos serviços ou produtos de uma organização. A tecnologia é usada para melhorar o desempenho das ações e garantir um perfil inovador para a empresa. A transformação digital é feita por etapas, para que tanto a cultura organizacional quanto os colaboradores se adaptem aos poucos às soluções digitais propostas.  Esse processo de modernização tende a digitalizar processos já existentes, além de mudar o formato como a empresa interage com a sociedade.  Pode-se citar diversas consequências positivas sobre a transformação digital, mas principalmente o fato de que a organização passa a ter como prioridade a melhoria contínua dos produtos ou serviços oferecidos.  Entre os exemplos de transformação digital, está a modelagem de processos para aperfeiçoar o fluxo de trabalho, implementação de automação na comunicação e ferramentas para organização e gestão empresarial.  Como fazer a transformação digital?  Não é necessário modificar toda a estrutura do negócio, mas sim adaptar procedimentos com tecnologia e inovação, a fim de melhorá-los. A transformação digital em empresas é baseada em três pilares, sendo eles:  Todos os colaboradores da organização fazem parte da transformação digital, independentemente do setor em que atuam. Por isso, a capacitação dos funcionários é essencial.  Além dos membros internos, é válido considerar também como a transformação digital irá afetar fornecedores, parceiros de mercado e clientes do negócio.  É indicado contratar uma empresa terceirizada para auxiliar na fase de implementação das novas tecnologias, a qual será a responsável por identificar os gargalos do dia a dia e oferecer as soluções para supri-los.  As ações cotidianas da organização deverão ser analisadas, a fim de serem automatizadas pelas tecnologias implementadas.  O objetivo não é substituir a atividade humana, mas sim simplificar e otimizar os processos, reduzindo as burocracias e desperdícios.  Durante essa fase de mudanças, é importante que a empresa também revise a cultura organizacional, para atualizá-la com as novidades que serão implantadas.  Este pilar engloba todas as ferramentas e recursos que serão utilizados para atingir as melhorias necessárias: inteligência artificial, rede de dados, aplicativos, sistemas, plataformas, entre outros.  Vale ressaltar que a segurança da informação deve caminhar lado a lado com a transformação digital, para que a empresa não sofra com os riscos de vazamento de dados, por exemplo.   6 benefícios para a sua empresa O fluxo de trabalho será otimizado com a transformação digital, já que a tendência é eliminar as tarefas manuais e repetitivas, que causam sobrecarga nos colaboradores.  Seja nos serviços internos ou prestados para o público, o aumento da eficiência com as novas tecnologias permite agilizar as entregas a partir de um planejamento estratégico, gerando mais vendas.  Além disso, a otimização do tempo durante a produção também gera resultados como a diminuição nos custos operacionais. A transformação digital traz a preocupação com as individualidades do consumidor. Por meio de análises de dados, que podem ser realizadas por formulários ou pesquisas online, é possível descobrir as especificidades do público. Conhecer as principais dores e desejos dos clientes permite estratégias mais direcionadas de marketing, assim como melhorias no desenvolvimento dos produtos/serviços oferecidos.  Fica mais fácil para a empresa estruturar e adequar a comunicação interna e externa, além de garantir a transparência e acessibilidade para o público. Dessa forma, as informações não se perdem entre os setores, as decisões passam a ser tomadas com base em dados reais e a capacidade de respostas para os clientes também aumenta, já que o diálogo está centralizado.  A transformação digital permite que a organização tenha o impulso à inovação como um de seus valores.  Esse fator não é apenas um diferencial no mercado, mas também possibilita uma maior capacidade de adaptação às mudanças comportamentais, devido à flexibilidade nos processos.  A proteção com os dados da organização ou dos clientes é indiscutível. As ferramentas digitais garantem confidencialidade e integridade deles.  Alguns mecanismos que podem ser utilizados são a criptografia, assinaturas e certificados digitais.  Faça a transformação digital com a QCP!  A QCP se compromete na resolução de desafios a partir de soluções tecnológicas, que envolvem a criação, desenvolvimento e implantação de softwares. A plataforma Saber foi desenvolvida para que os gestores da educação administrem as redes de ensino com o conhecimento necessário para tomadas de decisões mais certeiras, garantindo maior qualidade e otimização nos serviços prestados.  A ferramenta permite armazenar, gerir e analisar grandes volumes de dados e informações, de uma maneira clara e objetiva na interface criada por nossa equipe.  Em 2017, geramos o seguinte impacto com a Secretaria de Estado da Educação da Paraíba: A transformação digital deve abranger todas as áreas  Além do case mencionado anteriormente, nossa equipe também elaborou a Confirma, uma plataforma de inteligência estratégica para o desenvolvimento de campanhas eleitorais mais eficientes e vitoriosas. O objetivo foi democratizar o acesso a dados que são essenciais para as campanhas e também para que seja possível informar o eleitorado com dados precisos.  A partir de filtros (municípios, cargos, eleições e partidos), o usuário consegue acessar o perfil do eleitorado, mapa de distribuição da expectativa de votos, desempenho de candidatos ou eleições desde 2008 e os gastos com as eleições anteriores.  Esses recursos possibilitam que os candidatos possam ter mais clareza de onde está o eleitorado potencial, gerando um melhor direcionamento para a estratégia de cada um.  Saiba como transformar digitalmente o seu negócio com a QCP Entre em contato conosco e agende uma conversa introdutória para nos conhecermos e alinharmos nossos objetivos. Estamos à disposição para implementar a transformação digital adaptada a sua realidade. 

Como aplicar uma gestão financeira inteligente nos municípios?

Uma pessoa trabalhando em uma planilha financeira no notebook. Ao fundo, outra pessoa estudando um livro.

Entenda como o conceito se aproxima do desenvolvimento sustentável Assim como ocorre no setor privado, em instituições públicas a organização das finanças também é uma prioridade para determinar as ações previstas em planejamentos estratégicos. Por isso, investir em uma gestão financeira inteligente pode fazer toda a diferença.  A estabilidade financeira de um município garante investimento e melhorias para a população, além de promover o desenvolvimento da cidade. Todavia, nem sempre os recursos financeiros são bem aplicados. O que é uma gestão financeira inteligente?  Antes de aprofundar no conceito, é importante ressaltar que a organização das tributações municipais correspondem a várias práticas e processos realizados pelos órgãos públicos, os quais devem garantir a transparência dessas ações.  Para que a administração dos recursos financeiros se mantenha transparente, deve-se haver a implementação de políticas de controle, a fim de manter a integridade das operações feitas por meio de prestações de contas.  Além disso, também é responsável por:  Mas o que muda com a gestão financeira inteligente?  A gestão financeira inteligente engloba todas as práticas acima, priorizando o desenvolvimento sustentável do município como um todo.  Apesar desse parecer ser um requisito básico para o gerenciamento de recursos públicos, nem todas as administrações públicas estão qualificadas e capacitadas para adotarem estratégias sustentáveis desde o início de qualquer mandato.  Isso porque, para que os resultados a longo prazo sejam efetivos, a gestão financeira inteligente deve fazer parte do planejamento estratégico municipal e acompanhar a elaboração das peças orçamentárias feitas no início e final das gestões. Ou seja, os conceitos devem estar aplicados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Plano Plurianual (PPA), Lei Orçamentária Anual (LOA), Relatório de Gestão Fiscal (RGF), Encerramento do Orçamento Anual e na Prestação de Contas final.  Como aplicar uma gestão financeira inteligente no município? É necessário unir conhecimento técnico e capacidade estratégica na elaboração dos planos do governo, a fim de priorizar as necessidades locais e otimizar o uso dos recursos financeiros.  Fazer um levantamento de informações, por meio da participação direta dos cidadãos, é uma forma de definir os projetos mais urgentes e estimular o desenvolvimento socioeconômico.  O mandato em atuação também ganha mais confiança por parte dos habitantes, afinal, eles estarão contribuindo e acompanhando de perto o uso das verbas municipais.  Por conta disso, a transparência é tão essencial na gestão financeira inteligente, que pode ser realizada por mecanismos de prestação de contas e auditorias regulares, como um meio de demonstrar o cumprimento das legislações e normas vigentes.  Durante a transição de mandatos, ter em aplicação uma gestão financeira inteligente facilita o processo, como, por exemplo, na transferência de informações e no controle interno fiscal.  Vale lembrar que para fazer uma gestão financeira inteligente pode ser necessário a implementação de novas tecnologias para otimizar metodologias vigentes, como em levantamento de dados e monitoramento fiscal.  Para isso, é necessário que a prefeitura opte pela contratação de serviços, visando a implementação das técnicas e estratégias necessárias, além da capacitação dos servidores para aplicar os conceitos de uma gestão financeira inteligente.  Como a QCP – Inteligência em Políticas Públicas pode ajudar na sua gestão financeira inteligente?  Seja para a transição de mandatos ou para novas gestões, a equipe da QCP oferece serviços que englobam políticas públicas, soluções tecnológicas, pesquisas e capacitações, além de também atuar no meio socioambiental e editorial.  Para a elaboração de uma gestão financeira inteligente, contamos com consultores especializados em gestão tributária, para a aplicação de soluções aos processos de gestão técnico-administrativa de projetos.  As soluções oferecidas também englobam o fortalecimento e modernização da administração pública. Para saber mais, acesse o portfólio completo ou entre em contato clicando aqui. 

Consultoria em gestão de políticas públicas: 5 motivos para contratar

Imagem representando uma consultoria em políticas públicas, com profissionais de negócios reunidos em torno de uma mesa, analisando documentos e discutindo estratégias.

Cada vez mais as prefeituras se interessam em contratar o serviço de uma consultoria em gestão de políticas públicas devido à necessidade de modernização e melhoria contínua na gestão. É comum que isso ocorra, principalmente, nas trocas de mandatos. Afinal, será necessário se adaptar às ações que já estavam acontecendo e colocar em prática aquilo que foi prometido durante a campanha eleitoral. Vale lembrar que esse cenário é acompanhado pela população, que exige transparência em relação ao uso dos recursos financeiros, humanos e materiais. O que é uma consultoria em gestão de políticas públicas? A consultoria em gestão de políticas públicas é um serviço oferecido por empresas especializadas, que contam com especialistas no setor de administração pública.  Os consultores auxiliam não apenas no planejamento para melhorias, mas também no diagnóstico do cenário, execução e monitoramento das políticas otimizadas.  O objetivo final é garantir o crescimento sustentável daquele território, por meio das políticas públicas. Por isso, a inovação caminha paralelamente à consultoria.  Entre os serviços oferecidos por essas empresas, como a QCP – Inteligência em Políticas Públicas, pode-se citar:  Por que contratar uma consultoria em gestão de políticas públicas?  Os serviços de uma consultoria em gestão pública visa otimizar os processos a partir da tecnologia, como por exemplo na digitalização de documentos ou desenvolvimento de softwares próprios para uso dos servidores.  Entre as ações implementadas, costumam ser incluídas plataformas que facilitam a comunicação com os cidadãos e eliminam os procedimentos burocráticos. Ferramentas de análise de dados e de segurança cibernética também fazem parte da otimização.  Seja para o município ou região, uma consultoria em gestão de políticas públicas pode contribuir na criação do Planejamento Estratégico daquela localidade.  Um Planejamento Estratégico é composto por um diagnóstico inicial, onde é feito uma Análise SWOT/FOFA (força, fraqueza, oportunidades, ameaças) para traçar os futuros caminhos da gestão.  São analisadas também as prioridades e disponibilidade de recursos para implementação de melhorias nas políticas públicas. Após essas etapas, a consultoria também é responsável por fazer o monitoramento e avaliação do Planejamento na prática.  Uma consultoria especializada também pode redefinir processos operacionais da gestão pública. Ou seja: redesenhar fluxos de trabalho, automatizar funções, eliminar tarefas repetitivas ou criar padrões. O objetivo é diminuir custos e o tempo para os serviços prestados, a fim de aumentar a produtividade dos servidores e atender a população de maneira mais ágil.  Para a implementação de estratégias adaptadas a cada localidade, os consultores podem falar diretamente com a população para entender quais os pontos mais críticos da gestão.  Dessa forma, torna-se mais evidente as prioridades que devem ser supridas pela prefeitura. São criados canais de comunicação com a comunidade, para que eles possam acompanhar esses processos de maneira mais acessível e engajada.  Consequentemente, a confiança com a gestão pública aumenta, assim como a participação popular durante as decisões públicas.  Para que as melhorias propostas por uma consultoria em gestão pública sejam implementadas, é necessário que os servidores estejam qualificados para adotar as novas práticas.  Por isso, a própria empresa contratada pode se comprometer em capacitar os funcionários, para garantir a eficiência da administração. Essa é uma forma de motivar os colaboradores a se manterem atualizados, tanto sobre novas tecnologias quanto às regulamentações mais recentes.  De que forma a QCP atua nas políticas públicas? Oferecemos consultoria para formulação, implementação e avaliação de políticas públicas 
em nível local, regional e federal.  Nossas frentes de ação compõem instituições governamentais da administração pública direta, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS) e Organizações Sociais (OS).  Entre nossos cases de sucesso, participamos da Elaboração do Plano de Desenvolvimento Regional do Vale do Ribeira Codivar do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Vale do Ribeira. O Plano foi desenvolvido com o objetivo de diagnosticar as principais demandas e oportunidades da região, além de construir consensos e alianças para a sua implementação. O documento contou com uma diretriz de integração das diferentes perspectivas dos atores regionais por meio da incorporação dos planos já existentes e pela busca ativa de opiniões.  Foram realizadas 250 entrevistas com atores locais e regionais dos setores público, privado e do terceiro setor. Além disso, as propostas estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Em relação às políticas públicas voltadas para a educação, também contribuímos na organização e monitoramento de Planejamentos Estratégicos de Secretarias Municipais de Educação e Iniciativas Regionais, junto ao Programa Melhoria da Educação do Itaú Social.  Após a elaboração do Planejamento, fomos responsáveis por monitorar a implementação do documento em cada realidade participante, com uma equipe de tutores mobilizados para acompanhar e avaliar constantemente os territórios.  Conheça mais sobre o trabalho que realizamos em nosso portfólio ou entre em contato conosco. 

Conectando pessoas e meio ambiente nos planos de desenvolvimento sustentável

desenvolvimento sustentável

Por Luiz Henrique Apollo da Silva e Caio Momesso, pesquisadores e consultores da QCP Vivemos em contextos de tragédias ambientais recorrentes e, infelizmente, inevitáveis. O debate público nos traz hoje a ideia de adaptação às transformações do clima. No entanto, seus efeitos podem ser amenizados com ações de políticas públicas preventivas e a redução de impactos em negócios. Ter um posicionamento ambientalmente e socialmente sustentável exige um olhar clínico das instituições e das organizações para mitigar processos de desintegração do ser humano com o meio ambiente. Além de conscientização, para construirmos novas práticas que não nos sejam prejudiciais, precisamos de planejamento, inteligência de análise e avaliação condizentes com os anseios da população e dos territórios, atentos aos riscos que estamos sofrendo globalmente e em reconexão com a vida em harmonia. Com o objetivo de mostrar que é possível pensar em planos de desenvolvimento sustentável com a integração da sociedade e meio ambiente, vamos apresentar algumas práticas importantes. Articulação de dados, comunidade e governos ao planejamento sustentável Em 2021, a QCP Consultoria realizou uma parceria com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, para a formulação de dois Planos de Desenvolvimento Sustentável: das regiões do Vale do Paraíba e do Pontal do Paranapanema. Por isso, partimos do pressuposto de que não existe transformação com impacto positivo sem práticas que visam elevar a relação de pertencimento comunitário com inclusão social  Nas etapas deste estudo, partimos do levantamento de uma ampla base de dados sobre a trajetória histórica, socioeconômica e ambiental, para a visualização de tendências de desenvolvimento e setores potenciais. Seguindo esses primeiros achados, a consultoria elaborou a metodologia de oficinas e fóruns para que fossem captadas e debatidas as opiniões e propostas da população local para integrar o planejamento governamental. A sustentabilidade, portanto, deve ser assumida com um papel transversal, em que o desenvolvimento e o meio ambiente estejam em equilíbrio. Ou seja, colocando a preservação humanitária e a qualidade de vida como base nas metas de um governo No ano seguinte, em 2022, a QCP Consultoria reuniu uma equipe multidisciplinar para construir um plano de governo justamente onde presenciamos uma das maiores tragédias ambientais já vistas, no Rio Grande do Sul. A consultoria se baseou, dessa forma, em insumos contextualizados e com levantamento de dados, trazendo objetivos condizentes com as demandas sociais, integrados às tendências e riscos econômicos e ambientais. Apresentadas com um material interativo à população, todas as metas e práticas propostas foram pensadas de forma transversal. Mas o que isso quer dizer? Significa inserir a diversidade da população como ponto central nas propostas. Foi assim que a QCP Consultoria, além de organizar as propostas em eixos, refletiu nas políticas públicas às pessoas em diferentes situações de vulnerabilidade social para criar estratégias diversificadas. Além disso, práticas de pactuações e conscientização foram pensadas como medidas para cooperação, conforme os contextos territoriais do estado. Portanto, a ideia de sustentabilidade desde o plano de governo está justamente em criar caminhos propícios a cada público para chegar a objetivos comuns. Almejar projetos que sejam ambientalmente e socialmente sustentáveis exige planejar a partir do contexto local. É por isso que trazer a participação comunitária, escutando suas reivindicações, demandas e limitações é fundamental para criar planos cujas recomendações são possíveis de serem adotadas a fim de se transformarem em impactos positivos. A QCP traz na sua expertise essa capacidade de criar ambientes propícios ao envolvimento de diferentes partes interessadas a fim de construir objetivos comuns. São executadas técnicas de facilitação de reuniões e coleta de dados para a organização e tradução à linguagem governamental e empresarial. O que se busca, no fim, é o desenvolvimento sustentável a partir da preservação de usos naturais e equilíbrio do ecossistema em articulação com as comunidades e atividades produtivas. PACUERA: um exemplo na prática Um dos projetos que a QCP Consultoria esteve envolvida em 2023 foi na atualização do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (PACUERA) da Usina Jirau, no Estado de Rondônia. Nossa tática foi a mobilização e articulação com representantes de instituições públicas que validam o PACUERA. São conversas com lideranças e consultas públicas com a comunidade local que promoveram melhor avaliação e integração de demandas para o plano. Essa tríade de envolvimento entre empresa, órgãos de controle e sociedade civil é complexa e exige a capacidade de escuta da consultoria sobre as avaliações e facilitação de encontros entre as partes interessadas, conduzindo um ambiente aberto às diferenças e propositivo às transformações. Desta forma, para mudar a lógica da destruição, é fundamental integrar pessoas, comunidades e o ambiente nas tomadas de decisão. E, para a sustentabilidade do mundo, a inovação que visa a mitigação de impacto socioambiental se tornou um desafio grande aos investimentos públicos e privados. E é com a capacidade técnica e expertise de articulação entre pares e integração de propostas sustentáveis que a QCP auxilia as organizações na elaboração de projetos de desenvolvimento que garantem esse equilíbrio e preservam os bens culturais, sociais e ambientais. Conheça nossa parceria com o IPT para a criação dos Planos de Desenvolvimento Sustentável Em 2021, a QCP firmou parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para desenvolver Planos de Desenvolvimento Sustentável nas regiões do Vale do Paraíba e do Pontal do Paranapanema. Essa iniciativa seguiu o trabalho realizado em 2020 no Vale do Ribeira. A QCP defende que a sustentabilidade econômica requer uma abordagem integrada, unindo conhecimento técnico ao apoio das comunidades e de seus representantes. Por isso, para cada plano foi aplicado uma metodologia sólida e várias etapas de análise e oficinas com a população local, com o objetivo de definir diretrizes e prioridades de investimento. Como resultado, fornecemos ao governo estadual subsídios essenciais para o planejamento de médio e longo prazo. A abordagem da QCP seguiu três fases principais: A colaboração resultou em publicações detalhadas, disponíveis na plataforma do IPT. ___________ Para ler o artigo completo e outros materiais, acesse nossa Revista Digital QCP. Clique aqui.

Pensando em novos modelos de desenvolvimento na Floresta Amazônica

Imagem panorâmica da Floresta Amazônica

Por Marília Migliorini Oliveira Lima e Brauner Geraldo Cruz Junior, pesquisadores e consultores da QCP  Trabalhar com sustentabilidade nas políticas públicas de diferentes esferas de atuação é lidar com a diversidade de públicos e contextos, inserindo-os como componentes fundamentais para o planejamento de ações em um determinado território. Diante deste importante passo, uma verdadeira janela de oportunidades se apresenta para que sejam estruturadas novas formas de desenvolvimento da floresta, notadamente, em regiões como a Floresta Amazônica. A Amazônia se destaca como um ponto vital para o futuro dos modelos de desenvolvimento socioeconômico globais. Organizações que atuam na região afirmam que ela pode desempenhar um papel central na promoção das mudanças econômicas necessárias para um crescimento que seja tanto sustentável quanto socialmente responsável. Contudo, apesar de seu imenso potencial, a população amazônica ainda enfrenta altos níveis de vulnerabilidade socioeconômica. Um recente estudo da FGV Social revela que a região enfrenta taxas alarmantes de extrema pobreza. Considerar esses habitantes ao lidar com políticas públicas sustentáveis no contexto amazônico significa elaborar estratégias que possibilitem que eles se beneficiem das novas oportunidades oferecidas por modelos de desenvolvimento emergentes, que priorizam a economia da floresta e a inclusão social. É um desafio posto: alinhar oportunidades de geração de renda e desenvolvimento socioeconômico da população a uma forma de produção que potencialize a floresta e seus recursos. Então, como enfrentá-lo?  Tratar de um território como a floresta amazônica significa considerar uma multiplicidade de realidades e configurações que, sem seu devido conhecimento, torna-se impossível de propor algo que irá contribuir de maneira efetiva para seu desenvolvimento. Portanto, uma das tarefas essenciais e iniciais é a pesquisa, por meio de dados secundários, como mapas, gráficos e índices, bem como produções bibliográficas sobre a região, que nos permitem traçar um panorama da região. Nesta primeira etapa diagnóstica, é interessante que sejam abordados aspectos como: Em seguida, é fundamental mapear os atores sociais e instituições mais relacionadas ao tema do desenvolvimento socioeconômico e sustentável que possuem alguma atuação na região. Pesquisar, listar, localizar e conhecer as iniciativas de fundações, ONGs, governos subnacionais, organismos internacionais, entre outros stakeholders que podem atuar como parceiros em um eventual projeto ou indicar que determinada estratégia já está sendo implementada naquela região. Desenhando um plano de desenvolvimento para a Floresta Amazônica A partir do levantamento de dados e reflexão sobre o que aquele contexto apresenta, é possível começar a desenhar algumas possibilidades, sempre tendo em vista que o sucesso de um projeto depende diretamente do estabelecimento de metas claras e factíveis, além de um plano de ação estruturado e planejado no tempo. Além disso, para ser efetivo, o projeto de desenvolvimento precisa ser construído junto aos atores locais, que serão os verdadeiros protagonistas do processo. Isso significa a previsão de momentos de escuta e trabalho conjunto, além de apresentação e validação do plano, garantindo que as ações sejam realistas. No caso específico da região amazônica — uma área que guarda imenso potencial combinado a desafios socioambientais importantes — a inclusão socioprodutiva deve, necessariamente, ser pensada junto a estratégias de preservação ambiental. É preciso, portanto, olhar além das atividades produtivas convencionais, focando em atividades que geram riqueza enquanto mantêm a floresta em pé. Felizmente, essa narrativa tem ganhado maior adesão, na medida em que os efeitos das mudanças climáticas se avolumam, o que é ilustrado por iniciativas bem-sucedidas que fazem da preservação um ativo para agregar valor à atividade econômica. Exemplos como estes podem ser utilizados como inspiração, sempre com o cuidado de respeitar características e vocações locais. Para além dos casos de sucesso, a intervenção na floresta apresenta algumas possibilidades únicas que podem ser aproveitadas, como por exemplo, a exploração do recém regulado mercado de crédito de carbono. A adoção de estratégias inovadoras para geração de riqueza e desenvolvimento é uma oportunidade que depende de conhecimento técnico, articulação com instituições especializadas e, principalmente, um desenho que garanta a distribuição de riqueza para as camadas mais pobres, o que, no entanto, também apresenta um potencial imenso para resultados. É certo que planos de desenvolvimento para a realidade da floresta apresentam desafios consideráveis; por outro lado, também contam com oportunidades de financiamento, o que garante pelo menos a implementação inicial do projeto. Podemos citar como exemplo o Fundo Clima, instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, que tem como finalidade financiar projetos, estudos e empreendimentos que visem à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação aos efeitos da mudança do clima. Independente do desenho, dois elementos ainda devem ser considerados neste esforço: plano de governança e de comunicação. O estabelecimento de uma governança que organize as diferentes capacidades institucionais, estatais, comunitárias e associativas e de mercado é essencial não apenas para a efetividade da intervenção, mas também para sua legitimidade. Por outro lado, associado ao plano de governança, o plano de comunicação funciona enquanto mecanismo de divulgação, de engajamento comunitário e de transparência, operando para diminuir eventuais resistências. Desenvolvimento e preservação: um caminho inevitável Não há uma fórmula perfeita para promover o desenvolvimento no contexto da floresta, combinando inclusão e preservação ou conservação do meio ambiente. As estratégias apresentadas são passos que podem e devem ser pensados, modificados e aprimorados de acordo com o contexto: estamos tratando de um terreno novo, aberto a novas ideias e experimentações. Porém, uma certeza: esse movimento será cada vez mais intenso, na medida em que a emergência climática ganha mais importância — e urgência — na agenda política. ___________ Para ler o artigo completo e outros materiais, acesse nossa Revista Digital QCP. Clique aqui.

PACUERA da Usina Hidrelétrica Jirau: desafios, impactos e participação pública na revisão

PACUERA da Usina Hidrelétrica Jirau

Entrevista com Leandro Matheus Pieroni, Geólogo e Sócio Diretor da GEOMIND – Geologia e Meio Ambiente Em Jaci Paraná, no Estado de Rondônia, fica localizada a Usina Hidrelétrica Jirau, a quarta maior geradora de energia elétrica do Brasil em capacidade instalada. A gestão sustentável das áreas ao redor do reservatório da usina é assegurada por meio de um documento de planejamento estratégico. O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (PACUERA), que é revisado a cada dez anos com o objetivo de equilibrar o uso do entorno do reservatório e as ocupações, tanto as novas quanto as já existentes.  Uma proposta estabelecida pelo IBAMA, que garante também a conformidade com as novas leis ambientais federais. A QCP participou da mais recente atualização do PACUERA UHE Jirau em 2023, colaborando com recomendações de possíveis ações que podem ser adotadas, além de cuidados que devem ser aplicados, sobretudo em Áreas de Preservação Permanente. O geólogo Leandro Matheus Pieroni atuou como Gerente de Meio Ambiente, um dos profissionais envolvidos na equipe multidisciplinar que trabalhou em sinergia no processo de revisão e elaboração. Ajustes consideráveis foram necessários nesta atualização, de acordo com o especialista. Mas, para além dos benefícios de conservação, houve também mudanças na percepção do envolvimento do poder público e da população neste processo. Quais foram os principais desafios e perspectivas de impacto durante a revisão, além das mudanças e soluções aplicáveis? Mais importante que elaborar o documento, é garantir a transparência da informação e o diálogo com o público de interesse. Então, sem dúvida, o maior desafio foi apresentar o Plano para a comunidade. Elaboramos, para isso, uma metodologia de relacionamento construtivo e de engajamento, com aproximação do poder público às localidades do entorno do empreendimento hidroelétrico. Esse conjunto de ações foi primordial para que todos pudessem acessá-lo de forma prática, didática e eficaz. O planejamento e realização desta etapa foi a parte mais desafiadora, mas os resultados foram muito satisfatórios, pois tivemos boas avaliações do poder público e das instituições envolvidas. Quais foram os impactos sociais e econômicos observados nas comunidades locais? O objetivo principal do PACUERA é ordenar os usos potenciais e restrições ambientais da área de abrangência, portanto, em caráter eterno, passível apenas de atualizações ou ajustes pontuais conforme a dinâmica do meio socioeconômico, principalmente. Como o Plano foi aprovado recentemente pelo IBAMA, tais indicadores poderão ser dimensionados de forma mais concreta no decorrer do tempo. Após a aprovação, a utilização dele como referência para o planejamento da ocupação e aproveitamento dos potenciais ou preservação é feita pelo poder público. Estamos falando de uma ferramenta riquíssima que pode ser uma diretriz para o desenvolvimento da região. Agora, cabe à Prefeitura de Jaci Paraná incorporá-lo ao Plano Diretor como referência oficial no planejamento do território. Isso porque todo o zoneamento proposto, desde usos potenciais até restrições ambientais, foi discutido com as comunidades, então o processo de sensibilização, conscientização e responsabilização já representa um crédito marginal considerável, e reflete na melhor qualidade de vida, tanto no aspecto social, quanto econômico. Poderia compartilhar a história ou caso de alguma comunidade impactada pelo reservatório?  Na Usina Hidrelétrica Jirau, em Rondônia, houve uma ação de destaque, que promoveu a mobilização completa de uma comunidade denominada Mutum Paraná. A área foi diretamente afetada pelo enchimento do reservatório, e o empreendedor construiu uma nova localidade com infraestrutura completa. Com isso, houve a realocação de toda a comunidade para uma área mais bem estruturada, com acesso facilitado a serviços públicos diversos, saúde, educação, saneamento, dentre outros, que refletem em melhor qualidade de vida. O processo de consultas à população, por si só, já representa um ganho qualitativo. Com relação a atividades econômicas existentes, é legal apontar as mineradoras de dragagem de ouro que historicamente são realizadas no rio Madeira, onde foi construída a UHE Jirau. Desde o início da implantação, o posicionamento do empreendedor foi favorável à possibilidade de coexistência desta atividade com o reservatório, o que acabou por incentivar a regularização das práticas e o fortalecimento das cooperativas locais, que hoje atuam de forma mais organizada na área do reservatório. Quando falamos de impacto, naturalmente pensamos em algo negativo. Mas, como podemos observar, o incentivo da Usina Hidrelétrica Jirau para continuidade e suporte para regularização e adequação ambiental das atividades de extração de ouro, têm um impacto positivo. A implantação da solução encontrada, incentivo à regularização e continuidade, é tão desafiadora quanto os impactos considerados negativos e passíveis de mitigação. É importante pontuar que, durante o processo de implantação de um empreendimento hidrelétrico deste porte, os impactos são avaliados de forma bastante abrangente. Isso vai desde os impactos diretos,  que envolvem processos de relocação de moradores, até impactos indiretos em seu entorno. A partir de toda essa avaliação, são dimensionadas as ações mitigatórias e compensatórias. Como a participação pública foi importante para a transparência e inclusão durante o processo de revisão? Após a revisão textual inicial e a consolidação dos produtos de comunicação social do PACUERA, o contato direto com o público, tanto comunidade como instituições relacionadas, foi primordial. Por isso, existe um documento apêndice ao PACUERA: o Plano de Comunicação Social. A partir dele, são dimensionadas as estratégias de divulgação, especialmente do zoneamento proposto. A escolha dos locais de realização das consultas e todo o trabalho de divulgação, por meio da distribuição de folders “porta a porta”, cartazes, faixas, carros de som, dentre outros, permitiram uma boa participação do público nesta etapa inicial de inclusão. Em seguida, adotamos uma metodologia de apresentação formal de conteúdo nas reuniões de consultas prévias, com atenção à linguagem acessível e apresentações esquemáticas e intuitivas, adotadas também nos materiais de divulgação, como a Cartilha Explicativa do PACUERA. Ainda que os estudos tenham sido criteriosos, o conhecimento e a vivência dos comunitários são informações valiosas e imprescindíveis a serem consideradas. Para conseguirmos essa proximidade, na segunda parte das reuniões de consultas prévias, adotamos uma metodologia mais dinâmica e participativa. Aplicamos técnicas de mapa mental, que permitiram a interação do público para demonstrar a relação das

Sustentabilidade e inovação: como as empresas brasileiras podem liderar o futuro do ESG

Imagem decorativa sobre sustentabilidade e inovação: como as empresas brasileiras podem liderar o futuro do ESG

Por João Francisco de Oliveira Lobato, Diretor de Sustentabilidade e Novos Negócios da QCP A constante mudança da economia global e dos negócios incentivam que empresas se comprometam cada vez mais em promover a responsabilidade ambiental, iniciativas sociais e governança corporativa, formando uma aliança entre a sustentabilidade e inovação. Sustentabilidade já não é mais pauta adjacente, mas prioridade em qualquer negócio.  Valores alinhados ao ESG tornam empresas mais competitivas, resilientes e inovadoras, com maior credibilidade e reputação perante investidores e consumidores, proporcionando relações de confiança, colaboração e permanência. Há crescente valorização de posturas responsivas e expectativa da sociedade por empresas conscientes de seus impactos, que modificam suas ações no presente para colaborar com um futuro diferente – e, do ponto de vista ESG, ele promete ser desafiador. A nova edição da Pesquisa Panorama ESG revela que 71% das empresas brasileiras estão adotando práticas ESG em 2024, um aumento expressivo em relação ao ano anterior, cujo índice era de 47%. Mas, para uma real transformação, a preocupação com a sustentabilidade deve estar inserida no propósito de uma empresa e em suas declarações corporativas. Portanto, antes de definir objetivos e alinhar metas às diretrizes da ONU, é fundamental compreender o próprio modelo de negócio e impacto. De quem é a responsabilidade de liderar a agenda ESG? Ainda de acordo com essa pesquisa, a responsabilidade recai especialmente nos executivos de organizações, para que desenvolvam estratégias e boas práticas: a liderança da agenda está nas mãos especialmente dos CEOs (77%), com o apoio do governo (67%). Para garantir que as práticas ESG tenham sucesso nas organizações, é imperativo pensar em ações como a capacitação de e desenvolvimento de colaboradores, a integração da sustentabilidade na estratégia de negócios e previsão de orçamentos específicos, além de recursos financeiros para viabilizar as iniciativas. Todas essas ações podem ser delimitadas em um planejamento estratégico, que concederá à organização visão mais clara do futuro para liderar sua própria jornada e ganhar força para atrair mais pessoas à causa. “Estabelecer uma agenda estratégica de sustentabilidade, portanto, é ponto de partida fundamental para desenvolver um negócio com menos riscos e impactos mais positivos”. Com abordagem estruturada e integrada, melhoria pode ser sentida na eficiência e impacto, garantindo também crescimento sustentável e responsável a longo prazo. O futuro do ESG é colaborativo A saúde financeira de uma empresa, isoladamente, já não é mais suficiente para atrair investidores. Uma caminhada compartilhada nos leva mais longe, e isso vale também para a prosperidade dos negócios no contexto do ESG. É fato que nenhuma empresa pode resolver todos os problemas do mundo sozinha. Nesse sentido, colaborar com a solução de problemas sistêmicos tornou o processo administrativo mais estratégico e eficiente. Uma agenda ESG estratégica também aumenta a geração de valor financeiro e oportunidades de mercado – e, para aproveitá-las, deve ter direção e foco claro para essas colaborações, considerando os riscos, oportunidades e impactos mais relevantes para as partes envolvidas. Inovação e ESG: uma agenda compartilhada Sustentabilidade e inovação, enquanto ESG, são aliados: as novas tecnologias e metodologias trazem soluções estratégicas aos problemas socioambientais emergentes. Tecnologias sustentáveis têm se destacado como uma das principais tendências do mercado moderno e fomentando setores como energia renovável, eficiência energética, transporte e agronegócio. A agricultura de precisão, por exemplo, atua em um dos nossos principais problemas ambientais no Brasil, a necessidade de novas áreas para expansão da produção. Essa tecnologia alia a produtividade à redução do impacto, e que está em expansão no mundo, prometendo um crescimento de 61% até 2026. Essa inovação é um dos principais drivers que impulsiona as agtechs, modelos de negócios que operam com inovações no agronegócio, e o Brasil já lidera o mercado na América Latina, compondo 76,5% do total, de acordo com o relatório Agtech Report 2023. O transporte elétrico também é inovação que está no centro do palco da transição para mobilidades mais sustentáveis. Energia solar segue como alternativa sustentável e acessível, e as baterias de armazenamento de energia complementam a maximização das energias renováveis. É importante destacar a Internet das Coisas (IoT), tecnologia emergente que conecta dispositivos físicos em uma rede interconectada, permitindo a coleta e o compartilhamento de dados através da internet. Outras ferramentas e abordagens promissoras de atuação abrangente são: produção mais limpa e circular, transporte e mobilidade sustentável, processos NET-Zero, com balanços positivos de externalidades e valorização de serviços ambientais. ESG: perspectivas de mensuração e regulamentação  Não existe atualmente órgão específico que faça a gestão do ESG no país, e esse é um dos principais desafios para a mensuração e compreensão concreta sobre a direção e o progresso destas iniciativas. É concebível que o governo e ou entidades privadas criem esse órgão regulador num futuro não tão distante, diante do crescimento desta agenda. Enquanto isso, algumas empresas já estão fazendo a sua parte e atuam no Brasil como bússolas de boas práticas e mapeamento de impacto. A B3, Bolsa de Valores do Brasil, lançou recentemente o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), com orientação de boas práticas de sustentabilidade e governança para investidores e empresas, promovendo transparência e visibilidade no mercado. O GRI, Global Reporting Initiative, tem inspirado diretrizes, permitindo que empresas brasileiras se alinhem aos padrões globais ao fornecer uma estrutura sólida e reconhecida internacionalmente. Temos também o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, uma coalizão que reúne empresas de diversos setores comprometidas com o desenvolvimento sustentável. O CEBDS atua como uma plataforma de diálogo entre empresas, sociedade civil e governo, contribuindo para a formulação de políticas públicas e iniciativas empresariais voltadas ao ESG. A partir deste ano, empresas de capital aberto listadas na B3 poderão reportar voluntariamente suas informações financeiras relacionadas à sustentabilidade (indicadores ESG), e se tornará obrigatória esse relatório a partir de 2026. Integrando um programa de jornada estratégica ESG na prática Implementar metas de sustentabilidade pode ser desafiador, exigindo estratégia, repertório, experiência, conhecimento do setor, boas práticas e soluções específicas. Com expertise de mais de 20 anos em políticas públicas e terceiro setor, a QCP oferece programa estratégico com ferramentas adaptadas a

Impactos de grandes empreendimentos: dilemas entre a sobreposição de direitos e o desenvolvimento econômico

Impactos de grandes empreendimentos: dilemas entre a sobreposição de direitos e o desenvolvimento econômico

A implantação e os impactos de grandes empreendimentos frequentemente geram discussões sobre conflitos de direitos. Um dos casos mais notáveis é o choque de interesses entre o indivíduo e a comunidade, que pode ser vista sob duas perspectivas: a comunidade local e a sociedade como um todo. Podemos considerar como bom exemplo de caso a instalação de um empreendimento hidrelétrico. Quando um projeto desse porte é conduzido pelo poder público de forma republicana, deve ter como premissa a obtenção de benefícios coletivos.  A geração adicional de energia elétrica, por exemplo, favorece o desenvolvimento econômico e o bem-estar geral. No entanto, a construção de um grande empreendimento traz consigo impactos negativos, sobretudo sobre as comunidades locais e o meio ambiente.  Entre esses impactos, podemos citar a realocação de comunidades, mudanças na paisagem, alterações no curso dos rios e transformações na infraestrutura existente. Uma linha entre benefícios e desigualdade dos impactos de grandes empreendimentos Embora existam consequências positivas, como o aumento de empregos locais e o desenvolvimento econômico, os impactos negativos persistem, e são sentidos principalmente pelas comunidades locais. Isso acontece pelo fato de não haver uma proporcionalidade na distribuição dos impactos negativos e positivos entre os envolvidos. Enquanto a coletividade obtém ganhos relativos ao maior desenvolvimento econômico, alguns grupos se veem extremamente prejudicados: indivíduos e famílias que precisam deixar o seu local de moradia e produção.  Diante disso, podemos observar uma complexidade de conflito de direitos em várias dimensões: Direito da coletividade geral vs. direito das comunidades locais; Direito da coletividade geral vs. direitos individuais dos afetados localmente; Direito da comunidade local vs. direitos individuais de seus membros. É a partir disso que se deriva a complexidade da busca por soluções ideais na implantação de projetos desse porte e na compensação dos impactos.  A consultoria ambiental, frequentemente chamada para mediar esses conflitos, assume um papel importante neste processo, que muitas vezes acaba chegando à esfera judicial.   Os benefícios compensam os impactos negativos de grandes empreendimentos? A viabilidade ambiental de um empreendimento é tema central na discussão política: os efeitos benéficos da geração adicional de energia compensariam os eventuais danos? Com base nesta pergunta fundamental e, após estudos técnicos detalhados e especializados, supervisionados pelos órgãos ambientais, o poder público, que deve atuar como porta-voz da sociedade, decide pela implantação ou não do projeto. É justo, ao reconhecer os direitos das minorias, que a sociedade beneficiada compense as comunidades e indivíduos locais afetados.  Se bem conduzido, com consultoria adequada e independente, espera-se uma compensação justa, ainda que isso eleve os custos de implantação e operação da usina, impactando o custo final da energia para os consumidores. A grande questão que permanece, então, é o reconhecimento justo dos direitos das minorias, no caso, as comunidades e os indivíduos locais. Afinal, existe uma tendência de que as decisões sejam baseadas na vontade expressa pela maioria.   De quem é a responsabilidade dos impactos de grandes empreendimentos? A questão mais delicada reside no valor incalculável das perdas imateriais, como deixar para trás lares, vizinhanças e lugares de valor histórico e afetivo. Tais impactos, por sua natureza subjetiva, muitas vezes são negligenciados em termos de compensação. Como calcular isso? Com isso, a dimensão do impacto, nessas condições, deriva de uma interpretação subjetiva, só compreendida pelo indivíduo ou comunidade atingida.  A compensação deve ir além de recursos financeiros, incluindo programas diversificados que compõem o processo de compensação socioambiental. Neste contexto, a atuação da consultoria ambiental torna-se ainda mais relevante para mediar compensações mais justas e abrangentes. No Brasil, os custos ambientais são assumidos pelo empreendedor, que faz a contratação direta da consultoria ambiental, eventualmente, comprometendo a independência do trabalho realizado. Que o custo ambiental recaia sobre o empreendimento para ser repassado depois à sociedade pelo preço dos serviços parece ser operacionalmente mais apropriado, mas isso não deveria implicar no processo de contratação direta. Há que se reconhecer que existem casos de oportunistas que, assessorados por aparatos advocatícios, se aproveitam do processo para benefício próprio. Instigam e prometem ganhos exagerados aos pouco instruídos, prejudicando um processo de compensação justo. Infelizmente, estes poderão se aproveitar da situação, tomando para si, recursos que poderiam ser mais bem distribuídos.   É possível reparar os danos? Essa é a principal função dos Programas Ambientais nas etapas de construção de soluções que evitam, revertem, mitigam e, por fim, compensam os impactos causados pelos empreendimentos. No caso específico de deslocamento de populações, existem Programas de Reassentamento, Assistência Técnica, Indenizações, Programas de Reparação Social, Resgate Cultural, entre outros, que atuam diretamente com as comunidades afetadas.   Humanizando o processo para garantir direitos coletivos e individuais É preciso reconhecer os direitos das minorias em oposição à vontade da maioria. Favorecer o desenvolvimento de uma consultoria socioambiental o mais independente possível permitiria maior humanização deste processo. Indispensável, também, considerar a construção participativa de soluções, recomendada pelos órgãos licenciadores, para mitigar impactos em comunidades. Não menos importante, possibilitar consultas públicas, reuniões de diagnóstico e a participação ativa das comunidades para garantir que as soluções sejam justas e duradouras. Este processo participativo evita retrocessos e limita a atuação de oportunistas que possam tentar se beneficiar indevidamente da situação. A transparência nas negociações e o envolvimento de todos os interessados garantiriam o respeito aos direitos e que as compensações sejam devidamente aplicadas.   Quais são os desafios? É inegável que um país precisa recorrer aos seus recursos naturais para promover o desenvolvimento e o bem-estar de sua população. Contudo, esse caminho deve ser trilhado com cuidado, e resolver as questões ambientais, no sentido estrito e ecológico, é apenas o primeiro passo. A viabilidade ambiental é importante para um empreendimento, mas não suficiente. O verdadeiro desafio surge quando consideramos as questões sociais, especialmente sobre as populações locais diretamente impactadas. A missão da consultoria ambiental, em grandes empreendimentos, é promover a aproximação humanizada entre o desenvolvimento econômico e o equilíbrio socioambiental.  É uma equação que pode parecer simples: poucos perdem e muitos ganham, mas a solução exige um pouco mais. Requer empatia, respeito e um compromisso genuíno com a justiça. Se muitos

Um breve panorama dos impactos de grandes empreendimentos no Brasil

Um breve panorama dos impactos de grandes empreendimentos no Brasil

No Brasil, grandes investimentos como usinas hidrelétricas e projetos de mineração são frequentemente considerados motores do desenvolvimento econômico. No entanto, os impactos de empreendimentos assim também afetam outras áreas. Essa é uma narrativa dominante, a qual muitas vezes ignora os profundos impactos de empreendimentos que podem recair sobre o meio ambiente, as comunidades locais e a estrutura social do país.  Essas consequências têm sido observadas nos últimos anos e se estendem além do curto prazo, persistindo ao longo do tempo.  Qual o contexto dos impactos de empreendimentos no Brasil? De acordo com um estudo de 2020 da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), as Unidades de Conservação (UCs) na região Sudeste têm sido severamente afetadas pela mineração e pela construção de infraestrutura. A fragmentação de habitats, a poluição e a perda de biodiversidade são alguns dos efeitos ambientais mais evidentes.  Esses projetos, muitas vezes aprovados sem estudos de impacto ambiental rigorosos, mostram uma clara preferência por interesses econômicos em detrimento da preservação ambiental. Dados de 2023 do Instituto Socioambiental (ISA) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) indicam que mais de 650 comunidades quilombolas no Brasil enfrentam desafios significativos devido à instalação de grandes empreendimentos. Além disso, a falta de consulta prévia e a violação dos direitos garantidos pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) são questões recorrentes. Na Amazônia, os impactos de empreendimentos são ainda mais devastadores, segundo os Relatórios da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As pesquisas apontam para um aumento dos deslocamentos forçados de comunidades indígenas e tradicionais, como consequência da construção de hidrelétricas e da expansão da mineração. Esses deslocamentos desestabilizam a segurança alimentar e econômica dessas comunidades, reforçando a pobreza e a desigualdade na região. Há, também, uma clara violação de direitos humanos, com casos frequentes de violência e repressão contra aqueles que tentam resistir. Impactos no meio ambiente No âmbito ambiental, a destruição de ecossistemas e a perda de biodiversidade ameaçam não apenas as espécies locais, mas também o equilíbrio ecológico global — e isso não é novidade. A degradação do solo e a contaminação de recursos hídricos são problemas que também acabam afetando a saúde pública a longo prazo.  Tais efeitos são, muitas vezes, irreversíveis, e que podem levar décadas para serem mitigados, mesmo com esforços expressivos de intervenções ambientais. Olhando para o complexo cenário da Amazônia, é possível notar consequências mais graves dos grandes empreendimentos.  Isso porque a destruição das florestas e a contaminação dos rios já têm demonstrado repercussões globais, especialmente no contexto das mudanças climáticas. Impactos no âmbito social Em nível social, os impactos são igualmente preocupantes e severos. Comunidades quilombolas e indígenas frequentemente perdem suas terras e veem suas culturas e tradições ameaçadas devido a deslocamentos forçados e expropriações territoriais. Muito além de uma questão territorial, a expropriação de terras representa a destruição de memórias culturais e a ruptura de práticas comunitárias que sustentam identidades coletivas.  A falta de diálogo e consulta prévia reflete uma postura governamental e corporativa que desrespeita os direitos das populações afetadas, agrava tensões sociais e aumenta a vulnerabilidade dessas comunidades. Alternativas para lidar com os impactos de empreendimentos no Brasil Diante de um cenário complexo e multifacetado, as soluções para mitigar ou evitar os impactos de empreendimentos devem ser igualmente abrangentes e integradas. Além disso, essas práticas estão alinhadas aos princípios de justiça social e direitos humanos, que possibilitam um desenvolvimento econômico mais humanizado. Entre as soluções para contornar os principais impactos de empreendimentos no território nacional, pode-se citar: É importante considerar que os custos sociais, ambientais e culturais são profundos e, muitas vezes, irreversíveis.  Estamos diante de um grande desafio: adotar estratégias de desenvolvimento que priorizem um modelo verdadeiramente inclusivo. Esse caminho é para que o país não corra o risco de comprometer o futuro sustentável. Caso contrário, poderemos perpetuar ciclos de desigualdade e injustiça social. Respeitar a diversidade de tradições, culturas e povos envolvidos nessas decisões significa, por fim, proteger os aspectos que constituem nossa identidade como nação. Para ler o artigo completo e outros materiais, acesse nossa Revista Digital QCP. Clique aqui.

Um olhar para as Eleições de 2024 a partir dos dados históricos municipais

Um olhar para as Eleições de 2024 a partir dos dados históricos municipais

As Eleições Municipais 2024 serão o palco do processo democrático em 5.570 municípios do país. Dentro de poucos meses, cidadãos poderão escolher seus líderes locais para representar seus interesses e moldar o futuro de suas comunidades. Diante do cenário político complexo e dinâmico do Brasil, é natural que surjam expectativas e questionamentos sobre esses rumos. O olhar retrospectivo dos dados de eleições municipais anteriores pode antecipar algumas tendências e desafios que aguardam o contexto atual. Por meio da análise dos resultados e padrões das últimas eleições, é possível ter insights valiosos sobre o comportamento eleitoral, as preferências dos eleitores e as dinâmicas políticas em nível local. Com base nos dados da plataforma Confirma, vamos propor uma análise das eleições passadas para traçar um panorama do cenário político atual. A ideia é fornecer uma visão embasada sobre os resultados eleitorais, as mudanças geográficas, as tendências partidárias e outros fatores relevantes com o objetivo de projetar desafios e questões potenciais para as Eleições Municipais de 2024. Representação feminina nos 5.570 municípios brasileiros A ferramenta de Candidaturas da Confirma permite filtrar as candidaturas de todo o Brasil, de acordo com o perfil desejado. Utilizando filtros por gênero, os dados revelam que a representação feminina nas Prefeituras não teve grande evolução nos últimos anos, ou até mesmo nas últimas décadas:  O estímulo à participação feminina está previsto na legislação brasileira há 26 anos, mais exatamente no artigo 10, parágrafo 3º, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997). A regra passou a ser obrigatória a partir de 2009 e, apesar de alguns avanços desde então, ainda há um longo caminho para alcançar a paridade de gênero na política municipal. É fundamental que sejam adotadas medidas para promover a participação das mulheres na política, incentivando sua candidatura, fornecendo apoio legal, financeiro e estrutural adequado e combatendo o sexismo e a discriminação de gênero no ambiente político.  Se um espaço é majoritariamente formado por uma determinada classe, as políticas públicas irão refletir mais nesse grupo específico. Portanto, aumentar a diversidade de vozes e experiências na tomada de decisões municipais significa promover uma governança mais plural e representativa em todos os níveis. A presença partidária nas Câmaras Municipais nas últimas eleições Por meio da ferramenta de Mapa Partidário da Confirma, é possível visualizar a presença dos partidos em todas as eleições, auxiliando a compreensão do espaço ocupado por cada legenda, a cada pleito. Com isso, algumas tendências podem ser observadas em cada território. Entenda como está a presença partidária de vereadores eleitos em todo o Brasil, dos seguintes partidos: Confira a análise destes dados e outros insights provenientes da plataforma Confirma em nosso artigo completo da 1ª Edição da Revista Digital QCP, basta clicar neste link.

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